A tessitura de sentidos na composição improvisada em dança: como o dançarino cria propósitos para a cena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Bárbara
Orientador(a): Correia, Fátima, Rengel, Lenira Peral
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/7880
Resumo: Há várias instâncias pelas quais o processo de improvisação em dança pode ser analisado. Esta dissertação propõe investigar como o dançarino-criador engendra estratégias e consegue tecer parte dos sentidos que se dá a ver na composição improvisada em dança. Trata-se da especificidade do fazer do dançarino-criador; como ele percebe as ocorrências no seu corpo enquanto dança, improvisando. Referenciados em Cleide Martins (2002), estamos tratando a improvisação como um processo de comunicação e como sendo uma das formas da dança se configurar. Propomos uma ruptura tanto no entendimento dualista corpo/mente quanto na dicotomia pensamento/ação. Acreditamos que pensar e dançar são fenômenos da mesma natureza. Para tal, elegemos os seguintes assuntos correlacionados ao eixo temático: consciência, predição, percepção, memória e estados corporais, sem os quais não seria possível levar a cabo o empenho em tentar responder questões desta pesquisa. Adotamos a compreensão do corpo como mídia de si mesmo, proposto pela Teoria do Corpomídia de Christine Greiner e Helena Katz (2005). Apresentamos os dispositivos, elementos constitutivos da cultura sob a perspectiva de Giorgio Agamben (2009). Nossa hipótese é de que eles interferem nos estados do corpo modificando-o e, portanto, interferem na dança em todos os seus aspectos. Fazemos um breve panorama do entendimento de dança e corpo na modernidade e pós-modernidade como definição, surgimento e desenvolvimento da improvisação na dança. Como ferramenta para entendimento da tessitura de sentidos, a noção de dramaturgia proposta por Rosa Hercoles (2005). Como campo de observação, foi eleito o fazer dos dançarinos-criadores do grupo Radar1, no espetáculo de dança-improvisação MENU. Foram também realizados experimentos com os seus integrantes e convidados, com o objetivo de testar procedimentos, averiguar comportamentos e propiciar a observação de como age cada dançarino-criador empenhado na tarefa de compor em tempo real.