A periferia de Salvador: avaliação da qualidade de vida em áreas de intervenção habitacional para população de baixa renda
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34058 |
Resumo: | Nas décadas de 1960,1970 e1980, a cidade do Salvador passou por um crescimento populacional jamais visto. Embora com menor intensidade nos últimos dez anos, continua crescendo cerca de 1,8% a.a. Esse fato fez com que o Governo do Estado viesse a intervir nesse processo, realizando várias intervenções habitacionais no ambiente urbano da cidade, uma vez que a prefeitura não implementava programas de provisão habitacional há cerca de dez anos. A presente dissertação objetiva avaliar os efeitos causados pelas Intervenções Habitacionais para população de baixa renda nos Conjuntos Habitacionais Moradas da Lagoa I e II, no Bairro de Valeria, na periferia de Salvador, com o intuito de promover uma reflexão sobre a qualidade de vida das famílias inseridas nesses programas de provisão habitacional. Para entender o atual panorama habitacional das populações de baixa renda, foi traçado um perfil dessas intervenções desde as primeiras crises habitacionais surgidas no Brasil até o momento atual, passando por questões relacionadas ao deficit habitacional, chegando até a Salvador do inicio deste século. Os resultados da pesquisa indicaram que a atual política habitacional implementada pelo Governo do Estado contribuiu, mesmo que timidamente, para elevar o padrão de vida das famílias, ao viabilizar-lhes um teto. Em geral, nessas políticas está subjacente a idéia de que facilitando-se o acesso da população de baixa renda à casa própria, estará garantida a melhoria de sua qualidade de vida, sem levar em consideração outras implicações, como a necessidade de fácil acesso aos bens e serviços básicos. Apesar da tentativa do governo estadual em incentivar a implantação de empresas próximas às intervenções para absorver a mão de obra local, foram observados altos índices de desemprego, em função da não qualificação profissional das pessoas aptas para trabalhar, o que acabou contribuindo para segregar ainda mais as famílias ali residentes. Em virtude dos fatores observados, conclui-se que esse tipo de intervenção habitacional, materializado em grandes conjuntos habitacionais, ao promoverem moradia para as classes mais pobres, não necessariamente alteram a condição de pobreza e, consequentemente, a qualidade de vida dessas populações. |