A produção mercantilizada da cidade do Salvador (BA): o empresariamento urbano soteropolitano entre 2012 e 2019
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17875 |
Resumo: | O processo de refuncionalização no espaço urbano é uma das ações recorrentes no chamado empresariamento urbano e contribui para a ratificação da condição de mercadoria das cidades. Ressalta-se que a cidade do Salvador (BA), por meio do modelo gerencial do Estado, avança no processo de refuncionalização e pauta-se, também, na produção do espaço urbano a partir dos eventos. Para tal, o presente trabalho objetiva compreender como a gestão urbana, através da ação política da Prefeitura de Salvador e do Governo do Estado da Bahia, pautada em reformas pontuais e realizações de eventos, tem ratificado em Salvador a condição de uma cidade-mercadoria, entre os anos de 2012 e 2019. Neste ínterim, Salvador sofreu 21 refuncionalizações durante os anos destacados, bem como intensificou os eventos do Carnaval, Réveillon e criou os Festivais da Primavera e Festival da Cidade. Em busca de entender se as reformas ocorridas na cidade do Salvador são feitas para que haja as realizações de eventos, ou se os eventos são realizados para validarem as reformas ocorridas na cidade, definiu-se o recorte espacial da Arena Fonte Nova, Barra e Rio Vermelho. Nesse ensejo, foram entrevistados representantes dos recortes espaciais destacados, que alicerçaram, juntamente com o escopo teórico desta tese, o percurso para entender o empresariamento urbano soteropolitano. Para a Arena Fonte Nova, foi entrevistado o Diretor Financeiro da Concessão; quanto à Barra, o representante da AMABARRA; quanto ao Rio Vermelho, um representante do coletivo Rio Vermelho em Ação. Reforça-se que o processo ocorrido em Salvador, seja por meio da Prefeitura, seja do Governo do Estado, tem a produção de eventos como elemento norteador da produção do espaço urbano e compreende as refuncionalizações como elementos para potencializar esses eventos. Considera-se que o empresariamento urbano soteropolitano, que intensifica a cidade do Salvador como mercadoria, é feito a partir da dualidade entre o city marketing, e, também, da utilização do endomarketing público. Portanto, as refuncionalizações e os eventos ocorridos em Salvador são realizados, também, para atender a uma Guerra dos Lugares, conforme a ideia de Santos (2001), bem como homologando a condição do morador local dessa cidade como mercadoria, como um consumidor mais-que-perfeito, em detrimento à ideia de cidadão. |