Influência de testes de simulação de vaquejada sobre biomarcadores em equinos da raça Quarto de milha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sodré, Ticiane D`el Rey Passos lattes
Orientador(a): Coelho, Clarisse Simões, Manso Filho, Hélio Cordeiro
Banca de defesa: Coelho, Clarisse Simões, Hunka, Monica Miranda, Ayres, Maria Consuêlo Caribé, Oliveira, Chiara Albano de Araújo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41063
Resumo: SODRÉ, T. D. R. P. Influência de testes de simulação de vaquejada sobre biomarcadores em equinos da raça Quarto de Milha. 2020. 59 p. Dissertação (Mestre em Ciência Animal no Trópicos) – Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal da Bahia, 2020. A vaquejada é praticada há mais de um século, sendo uma das modalidades equestres mais tradicionais do Brasil, principalmente na região Nordeste. Após ser tema de discussões em diversos cenários, a atividade passou a ser considerada Patrimônio Cultural Imaterial do país (Lei 13.364/2016). Apesar de sua importância cultural, ainda são raros os estudos direcionados a cavalos usados na referida modalidade atlética. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi determinar a influência de diferentes testes de simulação de vaquejada (TSV) sobre parâmetros físicos, hematológicos e bioquímicos de equinos da raça Quarto de Milha e seus mestiços com a proposta de estabelecer: (1) o melhor intervalo de repouso entre as baterias que compõe um ciclo de corridas; (2) compreender e estudar as diferenças entre as duas categorias de atletas envolvidos no esporte. O estudo foi realizado no verão. Dez equinos, sendo cinco puxadores e cinco batedores de esteira, considerados clinicamente hígidos, foram exercitados em três momentos distintos, nos quais correram três baterias cada, com um intervalo de 5 (M1), 10 (M2) e 15 (M3) minutos de descanso, em pista de areia macia junto com um garrote. Os equinos foram avaliados em seis momentos distintos: repouso (T0), imediatamente após a 1ª bateria (T1), imediatamente após a 2ª bateria (T2), imediatamente após a 3ª bateria (T3), com 30 minutos de recuperação (T4) e com 240 minutos de recuperação (T5). Nesses tempos, os animais foram submetidos a avaliação física e amostras de sangue foram obtidas para realização de eritrograma e determinações sanguíneas de glicose, lactato, triglicérides, aspartato aminotransferase, creatinoquinase, proteínas totais. Durante a execução da atividade física, os animais utilizaram um monitor de frequência cardíaca (FC) para registro de frequência cardíaca máxima (FCmax), frequência cardíaca média (FCmed), velocidade máxima (Vmax), velocidade média (Vmed), duração e distância percorrida. As variáveis foram analisadas estatisticamente com comparação bi fatorial (p≤0,05). Foi possível observar, que no M3 os equinos esteiras apresentaram menores valores de glicose, aspartato aminotransferase, creatinoquinase e temperatura corpórea, e maiores valores para TGL e VCM. Em relação à atividade (equinos puxadores vs. esteiras), foi possível observar que houve diferenças significativa para as variáveis glicose, creatinoquinase, contagem total de eritrócitos e temperatura corpórea. Pôde-se concluir então, que as alterações observadas nos marcadores fisiológicos, hematológicos e bioquímicos, são compatíveis com tipo e intensidade do exercício executado por cada uma das categorias de animais estudados (puxadores x esteira) e que os equinos esteiras tem maior participação do metabolismo aeróbio durante a prática da atividade exibindo um melhor aproveitamento no intervalo de 15 minutos de repouso entre as baterias. Ressalta-se ainda, que, devido aos grupos de atletas desenvolverem esforços físicos diferenciados, é importante a preparação de protocolos de treinamento e programas nutricionais individualizados, visando uma melhor performance e garantia de bem-estar.