Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Cristina Vieira de Figueiredo |
Orientador(a): |
Ribeiro, Ilza Maria de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11608
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Resumo: |
Esta tese trata da não realização do objeto direto correferencial, um fenômeno denominado objeto nulo (ON), no português rural baiano (PBR), a partir do quadro teórico da gramática gerativa. Secundariamente, analisa-se o uso do pronome ELE, levando em conta a alternância desse pronome com o ON. São investigados os contextos em que uma e outra estratégia são requeridas e os fatores que as condicionam. Tem-se considerado o traço de animacidade do DP antecedente o fator mais relevante na escolha dessas estratégias: quando o traço do antecedente é [-animado], o ON é licenciado; quando o traço é [+animado], o objeto direto é realizado (cf.Bianchi e Figueiredo Silva, 1994; Cyrino, 1997; Kato, 1993; entre outros). Contudo, neste trabalho, procura-se desmistificar a relevância desse traço, visto que não tem representação na estrutura da sentença do português brasileiro (PB). Os resultados da análise quantitativa dos dados apontaram que o ON não é licenciado quando o DP antecedente se encontra na posição de sujeito básico, de objeto indireto, de complemento nominal, de adjunto adnominal e adverbial; mas apenas nas posições internas ao verbo e com papéis temáticos semelhantes, tema/paciente: objeto direto, complemento oblíquo e sujeito derivado; bem como de tópico, tema do discurso. Esses resultados revelam que DP antecedente e ON devem manter uma relação de identidade: serem gerados na posição interna ao verbo e compartilharem o mesmo papel temático, o que é compatível com os requerimentos das operações de elipse. Assim, assume-se, neste trabalho, que o ON é uma elipse de DP (cf. Cyrino, 1997), cuja recuperação se dá através de identidade estrutural e temática, descartando a possibilidade de ser interpretada como pro ou variável. A retomada de um DP nas posições em que o ON é bloqueado ocorre através do pronome ELE ou da repetição do DP. Contudo, o ELE está disponível também nos demais contextos em que o ON é licenciado, inclusive para retomar DPs com traço [-animado]. Foram investigados, também, dados do português rural europeu (PER) e comparados com os do PBR e o resultado dessa comparação revelou comportamento semelhante entre essas duas variedades linguísticas, embora a ocorrência de ON em ilhas seja restrita às adverbiais no PER. O estatuto de elipse, assumido nesta tese, dá conta dos dados do PBR e do PER. |