Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Doin, Tatiana Aparecida Ferreira |
Orientador(a): |
Rigo, Ariádne Scalfoni |
Banca de defesa: |
Silva Júnior, Jeová Torres,
Santos Júnior, Jorge Luiz dos,
Ferreira, Fábio Almeida,
Vera, Luciana Alves Rodas |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Administração
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Programa de Pós-Graduação: |
Núcleo de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32145
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Resumo: |
A economia do compartilhamento (EC) é um fenômeno que apresenta um crescimento em escala global e vem ganhando grande importância socioeconômica e ambiental na contemporaneidade. A pesquisa sobre a EC é recente e desafiadora tanto pelas dissonâncias existentes e pela forma difusa como tem sido construída quanto pela sua natureza multifacetada resultante da amplitude e da complexidade inerentes às iniciativas. Logo, o objetivo geral desta tese é desenvolver um modelo analítico que abarque as múltiplas faces da economia do compartilhamento e ajude a melhor compreendermos as suas lógicas e formas de manifestação. Ademais, foram definidos os seguintes objetivos específicos: investigar sistematicamente a literatura sobre a EC; identificar as definições e termos relativos à EC, evidenciando semelhanças e distinções; propor uma definição abrangente; identificar as categorizações, tipologias e taxonomias existentes na literatura; construir novas categorias e subcategorias a partir do mapeamento das iniciativas citadas e propor um framework integrativo. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa, empreendendo uma metodologia constituída de três fases: a revisão sistemática de literatura e meta-análise; o mapeamento das iniciativas citadas e a pesquisa documental; e a pesquisa exploratória no campo como apoio. A busca na literatura se baseou em artigos de periódicos indexados nas bases de dados EBSCO Host, ISI Web of Science, Science Direct, Scielo, Scopus, Spell e Springer e outros trabalhos conforme os critérios definidos, todos publicados entre 2007 e 2018. Foram analisados 138 trabalhos e os dados foram sumarizados pela bibliometria. Posteriormente, as técnicas de análise de conteúdo e temática foram utilizadas para a categorização a priori e a posteriori de temas emergentes. Os resultados da meta-análise apontaram para um cenário de pesquisa em crescente evolução. Ao abrir o guarda-chuva dos termos e definições, constatou-se que as similaridades e distinções nas definições se relacionam às restrições ou à atribuição de novas características geradas por tensões e controvérsias, dificultando uma definição homogênea do fenômeno e excluindo algumas iniciativas que poderiam ser consideradas parte da EC. Propôs-se, então, uma definição abrangente a partir da congruência da literatura. O delineamento do framework integrativo foi composto pelas atividades de colaboração, compartilhamento, reuso e troca enquanto uma dimensão designada às oito categorizações resultantes da análise. O intuito foi oferecer uma compreensão holística, abarcando as múltiplas faces, a fluidez e a dinâmica do fenômeno. A metamorfose da EC revelou-se em um espectro no qual os diversos atores sociais se envolvem em diferentes formatos organizacionais desde a orientação aos bens comuns e a descentralização à orientação somente ao lucro e a centralização, culminando, por exemplo, no ativismo social, no hibridismo, na repaginação do mercado e na financeirização das plataformas digitais. Apesar de a EC poder ser empregada como uma alternativa para o empoderamento da sociedade, na busca de soluções para uma série de questões econômicas, ambientais e sociais, as conclusões apresentam algumas consequências provocadas pela transmutação do fenômeno. Portanto, se a EC será uma nova síntese socioeconômica onde prevalecerão novas relações sociais de produção e trocas com maior protagonismo do bem comum ou se a cooptação de mercado a transformará em uma nova fase do capitalismo é uma questão que somente o futuro irá responder. |