Efeito antitumoral e antiangiogênico da BthMP, uma metaloprotease isolada da peçonha de Bothrops moojeni

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Vinícius Queiroz lattes
Orientador(a): Lopes, Daiana Silva lattes
Banca de defesa: Lopes, Daiana Silva, Marques, Lucas Miranda, Clissa, Patrícia Bianca
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências (PPGB) 
Departamento: Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38193
Resumo: O câncer de pulmão é segundo tipo de câncer mais prevalente e o primeiro em número de óbitos em todo o mundo. Neste contexto, diversos estudos têm demonstrado que toxinas isoladas da peçonha de serpentes vêm sendo investigadas com o objetivo de desenvolver futuros fármacos para terapia contra o câncer. Assim, avaliamos os efeitos antitumorais e antiangiogênicos da metaloprotease da classe PI, BthMP, isolada do veneno de Bothrops moojeni em células de câncer de pulmão e em células endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC). A BthMP foi citotóxica para células de câncer de pulmão (A549) apresentando inibição da formação de colônias pelo ensaio clonogênico e aumento dos níveis de LDH nas concentrações de 40 e 5μg/mL. Além disso, nessas mesmas concentrações, a BthMP inibiu a invasão, migração e adesão das células A549 além de aumentar os níveis de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico. Interessantemente a toxina não interferiu nos processos de citotoxicidade e adesão das células de pulmão não tumorigênica (BEAS-2B). A BthMP inibiu a adesão e migração de HUVECs e inibiu a angiogênese in vitro de forma dependente de VEGF, um fator pró-angiogênico essencial. Além disso, a toxina foi capaz de inibir o processo angiogênico ex vivo no modelo de anel aórtico. Por fim, foi possível observar, que a inativação da atividade catalítica da toxina aboliu a inibição da migração das células A549, demonstrando que a atividade antitumoral da metaloprotease está associada à sua atividade catalítica. Portanto, esses resultados demostram que a toxina BthMP tem um efeito antitumoral e antiangiogênico significativo no câncer de pulmão e em células endoteliais e representa uma importante ferramenta biotecnológica visando uma nova forma de terapia contra o câncer.