Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Flora Rangel
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Orientador(a): |
Soares, Fernanda de Souza
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Banca de defesa: |
Soares, Jorgana Fernanda de Souza
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Bernardes, Kionna Oliveira
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Cordeiro, Técia Maria Santos Carneiro e
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37177
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Resumo: |
Diversas mudanças têm sido identificadas na execução do trabalho impactando diretamente nas suas condições, na saúde e vida dos trabalhadores. A impossibilidade de continuar ou retornar ao trabalho por motivo de uma lesão ou doença, a incapacidade para o trabalho, resulta de complexas interações entre o indivíduo, seu estado de saúde-doença, o ambiente e contexto físico, político e social. Identificar os determinantes e interações da incapacidade em todas as esferas da vida do indivíduo possibilita maior efetividade das ações em prevenção, reabilitação, retorno e manutenção ao trabalho. A Estratégia de Saúde da Família (ESF), elemento norteador da Atenção Básica em Saúde (ABS) é basilar para o conhecimento das condições de vida e saúde das populações possibilitando uma melhor compreensão do processo saúde-doença e da necessidade de intervenções que vão além das práticas curativas. Essa dissertação é composta por um artigo descritivo, realizado com trabalhadores remunerados, com 18 anos ou mais, residentes em uma microárea abrangida por uma equipe da Unidade de Saúde da Família da Federação, no Município de Salvador, Bahia, que buscou qualificar a população trabalhadora com capacidade inadequada quanto aos aspectos sócio demográficos, hábitos de vida, cuidados à saúde e saúde autorreferida; características ocupacionais e riscos à saúde presentes no trabalho. Esses trabalhadores tinham acima de 36 anos, eram majoritariamente negros, chefes de família e com filhos, com baixa escolaridade e renda individual e familiar de até dois salários-mínimos. Eram ativos fisicamente, sem diferença na proporção entre peso adequado e sobrepeso, consumiam bebidas alcóolica por mais de três dias na semana, poucos fumantes. Praticavam atividade de lazer, autopercebiam a saúde como boa e não tinham plano de saúde. Estavam na informalidade, com trabalho realizado fora do domicílio por até cinco dias na semana. O trabalho foi caracterizado como de baixa demanda psicológica e baixo controle e com relato de presença de riscos à saúde, principalmente os ergonômicos e psicossociais, com predomínio dos movimentos repetitivos, trabalho executado na mesma posição e pressão do chefe, respectivamente. Os resultados retratam a complexidade envolvida na manutenção da capacidade inadequada para o trabalho. Novas pesquisas devem se concentrar na identificação precoce de trabalhadores em risco, no uso de estratégias mais inovadoras e flexíveis, combinadas com perdas funcionais específicas, na integração mais forte do local de trabalho e reabilitação e, em uma melhor compreensão do estigma e outros fatores sociais no trabalho, particularmente entre os trabalhadores informais, além de explorar a interface entre a estratégia de saúde da família e o trabalhador |