No olho da rua: trabalho e vida na apropriação do espaço público em Salvador / BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bouças, Rose Laila de Jesus
Orientador(a): Fernandes, Ana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
rua
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20882
Resumo: O trabalho é, talvez, a dimensão da vida que tem mais importância em nossa estrutura social.Através dele obtemos recursos para nosso sustento e podemos nos sentir inseridos na sociedade. Contudo, o mercado de trabalho não absorve a todos. Desta forma, obter os meios de sobrevivência para boa parte da população é uma luta diária, que envolve grande criatividade e poder de adaptação. Nesta dissertação investigamos uma dessas muitas formas alternativas de sobrevivência. Buscamos compreender o desenrolar de uma atividade laboral que ocorre aos olhos de todos, no olho da rua, nas ruas do centro de Salvador. Nosso objetivo é, portanto, estudar de que maneira a atividade dos trabalhadores de rua está inserida e se relaciona com o espaço público, bem como a maneira como incidem as ações de planejamento e ordenamento elaboradas entre 1992 e 2014 sobre a mesma, numa área do centro antigo da cidade de Salvador, onde observamos uma grande incidência de trabalhadores de rua. Nesse sentido, para auxiliar nossa compreensão, a teoria dos circuitos da economia elaborada por Milton Santos é fundamental, pois nos ajuda a entender a maneira como as atividades se organizam no espaço,na medida em que fazem parte do circuito superior ou inferior da economia. O espaço com o qual estamos lidando, por sua vez, é o espaço público, comum a todos. A apropriação da rua pelo trabalho por si só já pressupõe a existência de tensões, conflitos e disputas por este lugar. Nos parece interessante observar ainda, que essa apropriação se converte em uso, na medida em que passa a ser regulada pelo poder público, que reconhece a problemática social e busca alternativas para compatibilizar os diversos interesses sobre o local.