Raperas sudacas: a poética amefricana e mestiza sapatão na América Latina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Ariana Mara da
Orientador(a): Rosa, Laila Andresa
Banca de defesa: Rosa, Laila Andresa, Moassab, Andreia da Silva, Souza, Angela Maria de, Araujo, Rosangela Janja Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre Mulheres, Gênero e Feminismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30488
Resumo: A dissertação Raperas Sudacas: a poética amefricana e mestiza sapatão na América Latina é uma paralaxe sobre a história do Hip Hop, pois apresenta uma mudança no ângulo de visão e informa como as sapatão amefricanas e mestizas produzem arte e resistência em um movimento tido como masculinista e machista. Essa paralaxe foi construída com aportes da decolonialidade e da interseccionalidade, práticas teóricas que colocam a questão racial como eixo central de seus estudos a partir das experiências vividas por povos da diáspora africana, povos nativos latino-americanos e pessoas racializadas como um todo. Ainda assim, é a partir dos conhecimentos produzidos pelas raperas sapatão amefricanas e mestizas Rebeca Lane, Krudas Cubensi, Luana Hansen, Dory de Oliveira e Annie Ganzala, transmitidos oral e visualmente, que essa construção foi executada, fundamentada no exercício diário de interação com as raperas e seus discursos artivistas por meio da virtualidade. Por isso, apresento aqui debates tanto sobre a etnomusicologia, um estudo da música dentro do seu contexto cultural, nesse caso a sociedade latino-americana do século XXI utilizadora das redes sociais, quanto sobre a etnografia virtual, método de pesquisa que problematiza o uso da internet para a realização de uma etnografia no virtual, do virtual e por meio do virtual. Diante dessas concepções cabe destacar esse trabalho enquanto parte de uma cartografia sonora e social que vem sendo construída por etnomusicóloga(o)s e autora(e)s decoloniais e interseccionais latino-americana(os) e, assim como outras pesquisas dessas áreas, surge para gerar tensionamentos nos movimentos feministas hegemônicos e também no movimento Hip Hop.