Fotografias pessoais no Facebook: corpos e subjetividades em narrativas visuais compartilhadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Teixeira, Irenildes
Orientador(a): Couto, Edvaldo Souza
Banca de defesa: Couto, Edvaldo Souza, Sousa, Fábio D'Abadia de, Porto, Cristiane de Magalhães, Fontes, Maria Lucineide Andrade, Leiro, Augusto César Rios
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16419
Resumo: Esta pesquisa discute, numa aproximação com as narrativas de Alice no País das Maravilhas, da Mitologia Grega de Narciso e dos Meninos Perdidos na Terra do Nunca, os modos de articulação das experiências corpóreas dos sujeitos juvenis pela produção e publicização fotográfica nas redes sociais, sinalizando outras rotas de aprendizagens – num olhar específico para as narrativas tecidas na rede social Facebook. Sustentados na realidade fluida e instável da cultura digital, os jovens são sujeitos nativos dessas fronteiras dilatadas que suscitam ideias potencializadas pelos modos como eles intensificam suas volatilidades subjetivas na cibercultura, em ações dinâmicas e ampliadoras de seus potenciais criativos. A cibercultura ocupa um lugar de destaque nesse movimento, uma vez que se constitui de técnicas materiais e intelectuais, práticas, atitudes e experiências que suportam as condições juvenis de Ser e parecer Ser. Nesta perspectiva, o estudo se desenvolve a partir do seguinte problema de pesquisa: como os jovens produzem representações de corpo e (re)significam a consciência perceptiva da sua singularidade, por meio das fotografias publicizadas e compartilhadas no Facebook, de modo a compreender outras rotas de aprendizagens sinalizadas por essas narrativas? A pesquisa em busca de respostas para este problema foi orientada pelas seguintes questões norteadoras: 1) Que códigos culturais os jovens imprimem no recorte tempo/espaço, no ato de fotografar o corpo? 2) De que maneiras os jovens articulam sua experiência corpórea, pela produção fotográfica, ao tempo/espaço das redes sociais, para construir significados e sentidos que atribuem à sua singularidade? 3) Que rotas de aprendizagens os autores/atores/narradores sinalizam em suas narrativas fotográficas nas redes sociais digitais? O objetivo geral foi investigar e analisar as narrativas fotográficas juvenis compartilhadas nas redes sociais digitais, de modo a compreender outras rotas de aprendizagens sinalizadas por essas narrativas. É uma pesquisa qualitativa, de cunho descritivo e analítico, fundada na Netnopesquisa. No nosso processo de investigação, em busca de respostas para o problema posto, dialogamos com 12 (doze) jovens imersivos no Facebook, tendo como prática postagens de fotografias como estratégia narrativa de suas performances. Selecionamos e agrupamos temas e abordagens que demonstraram suas relações com os modos de construção de conhecimento por meio de suas narrativas fotográficas. Dar “voz” a esses sujeitos nos permitiu perceber a força que as tecnologias digitais exercem no cotidiano social e intelectual desses jovens em suas condições de Ser e apare(Ser), (re)dimensionando, inclusive, suas práticas cognitivas. Com a pesquisa constatamos que esses sujeitos desenvolvem outras rotas de aprendizagens: mais fluidas, críticas, libertárias e anárquicas, tendo o corpo como um território de construção de conhecimento. A pesquisa concluiu que os corpos juvenis representados nas fotografias publicadas no Facebook são canais tecno-digitais de comunicação; os sujeitos juvenis imprimem em seus corpos publicizados nas redes sociais a avatarização da liberdade; os corpos juvenis perfilados no Facebook se educam pelos sentidos e se articulam numa trajetória única de cada sujeito; o Facebook é instância formativa e as narrativas fotográficas emprestam liberdade para a não fixação de seus corpos.