As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vaz, Paulo Gomes
Orientador(a): Hita, Maria Gabriela
Banca de defesa: Câmara, Antônio da Silva, Serrano, Carlos Moreira Henriques, Zimmermann, Clóvis Roberto, Slenes, Robert Wayne Andrew
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28604
Resumo: O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea. O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea.