A produção do espaço urbano periférico e a questão habitacional em Feira de Santana: o Programa Minha Casa Minha Vida no bairro da Mangabeira, entre 2009-2014

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Araújo, Mayara Mychella Sena
Orientador(a): Baumgartner, Wendel Henrique
Banca de defesa: Baumgartner, Wendel Henrique, Pereira, Gilberto Corso, Fernandes, Rosali Braga, Freitas, Nacelice Barbosa, Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, Departamento de Geografia
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23045
Resumo: Essa tese apresenta uma análise do processo de produção do espaço associado aos residenciais do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) que foram construídos no bairro da Mangabeira, uma área periférica na cidade de Feira de Santana-Bahia, entre 2009-2014. As bases metodológica e teórica foram de Henri Lefebvre com o método regressivo-progressivo e a teoria “A produção do espaço”, segundo os quais se compreende o espaço como contido nas relações sociais e em uma dimensão tríplice: o espaço concebido, o espaço percebido e o espaço vivido. Para alcançar o objetivo central, realizou-se uma análise do espaço concebido, através do planejamento proposto pelo Governo Federal, em parceria com o Municipal e o capital imobiliário. Essa análise envolveu tanto a percepção da administração municipal, das construtoras como, e especialmente, a da população moradora dos residenciais do MCMV (o percebido), além das práticas espaciais destes últimos (o espaço vivido). Com isso, buscou-se compreender uma especificidade, a localização geográficas desses residenciais, e para tanto foi operacionalizado o conceito de periferia como norteador da pesquisa e do processo de periferização em Feira de Santana. Por meio do estudo de caso em Feira de Santana, a pesquisa permitiu a compreensão de aspectos das políticas públicas de habitação no país e na Bahia. Além de ter possibilitado o entendimento de que apesar dos residenciais do MCMV terem interferido no processo de produção do espaço, ao afetar e modificar as áreas nas quais foram construídos, quem de fato produziu esses espaços foram os moradores, quando se apropriaram e utilizaram os espaços e equipamentos previamente planejados tal qual suas necessidades e não pelo que sua função técnica determinava.