Espaços públicos de Salvador: uso e apropriação pelos moradores de rua – uma análise do espaço concebido, vivido e percebido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Miranda, Nadja Conceicão de Jesus
Orientador(a): Silva, Maria Auxiliadora da
Banca de defesa: Serpa, Angelo Szaniecki Perret, Gonçalves, Carlos Valter Porto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18373
Resumo: A presente pesquisa buscou analisar a relação dos moradores de rua com os espaços públicos de Salvador e observar o conteúdo das políticas públicas municipais dos séculos XIX a XXI destinada a regular a ação da população pobre no âmbito espacial da cidade. Partiu-se do pressuposto de que o morador de rua, ou seja, o pobre, estabelece laços com o espaço público em que vive para reprodução da vida a partir da forma como usa e se apropria da rua. Todavia o morar na rua é um processo ambíguo, a medida que a apropriação de espaços públicos se configura numa transgressão às normas. É nesse sentido ambíguo que se encontra a relação dialética desse processo. Para tanto, empreendeu-se uma metodologia de análise baseada na fenomenologia e na dialética para ampliar o entendimento da problemática. Como referencial teórico incorporou-se as abordagens de produção espacial de Lefebvre nas quais ele infere que o espaço é produzido na dimensão do concebido, do vivido e do percebido e as discussões de espaço público e lugar. Tais procedimentos vislumbraram apreender no cotidiano dos moradores de rua em Salvador , suas estratégias e códigos para se apropriarem de espaços normatizados. Além disso, analisou-se os conteúdos racionais das políticas públicas gestadas para essa população, verificando em que medida essas atendem às reais necessidades dos moradores de rua ou servem para reproduzir os interesses e valores burgueses. Nesse sentido, levou-se em consideração as experiências dos moradores de rua tanto na espaço, quanto como participantes dos programas sociais oficiais.