Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cabral, Milena Santana |
Orientador(a): |
Atta, Maria Luiza Brito de Sousa |
Banca de defesa: |
Cotrim, Helma Pinchemel,
Sadigursky, Moyses |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Farmácia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Farmácia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22687
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Resumo: |
A infeção crônica pelo VHC tem como principal característica a associação com diversas manifestações autoimunes. Dentre estas, a aumentada expressão de autoanticorpos não-órgão específicos, como os anticorpos antimúsculo liso, com possível importância na patogênese da doença. Objetivos: (1) Determinar a prevalência de anticorpos antimúsculo liso e sua distribuição conforme o gênero em portadores de HCC; (2) caracterizar a reatividade sorológica dos anticorpos antimúsculo liso usando como referência os padrões de fluorescência previamente determinados; (3) estabelecer as associações entre a reatividade sorológica dos anticorpos antimúsculo liso com os dados clínicos e laboratoriais dos portadores de hepatite C; (4) caracterizar imunoquimicamente os anticorpos frente a antígenos purificados. Pacientes: Foram avaliados 100 portadores de HCC, sem tratamento antiviral prévio, com diagnóstico clínico, sorológico, virológico, e histopatológico, acompanhados no C-HUPES. Métodos: Anticorpos antimúsculo liso e antinúcleo foram pesquisados por imunofluorescência indireta e a especificidade imunoquímica investigada através de imunoblot. Dosagens de fator reumatóide, haptoglobina e IgG foram realizadas por nefelometria. Crioglobulinas foram determinadas por crioprecipitação em tubo e por gel-difusão e a ALT por método cinético. Os dados de genótipo e histopatológico foram obtidos dos prontuários. Resultados: Anticorpos antimúsculo liso foram detectados em 21% dos pacientes (55 homens, 45 mulheres), sendo o padrão de fluorescência AML-v o mais frequentemente observado (81%). A associação de padrões mais prevalente foi AML-v e AML-m (71%). A maioria dos títulos dos autoanticorpos foi baixa, com apenas quatro amostras apresentando títulos superiores a 1/40. Apenas uma amostra apresentou padrão glomerular com título maior que 1/40, e não foi encontrado padrão tubular. Das três proteínas associadas aos AML, os portadores de HCC com AML positivos apresentaram maior frequência de reatividade para a actina-F, ocorrendo em 29% das amostras. A associação entre os AML e este antígeno alvo foi significante (P=0,005). Não houve associação estatisticamente significante entre os antígenos desmina e miosina, com os AML, e a prevalência de reatividade para esses antígenos foi inferior. Com o uso do imunoblot comercial, foi encontrada a presença do autoanticorpo anti-LC1 em 52% das amostras positivas para AML e em 15% das amostras negativas para esse mesmo anticorpo. Foi encontrada também a presença do anti-SLA/LP em 14% das amostras positivas para AML e em 8% das amostras que não apresentavam este autoanticorpo. Os anticorpos AMA-M2 e anti-LKM1 não foram encontrados em nenhum dos grupos avaliados. Conclusões: Uma prevalência de 21% para AML foi encontrada neste estudo, com uma relação homem/mulher de 1,1/1. A presença de AML não foi associada a qualquer dos dados demográficos, clínicos e laboratoriais deste grupo de portadores de HCC, nem associada à lesão tecidual. Determinar os padrões de fluorescência e título das amostras é relevante na detecção dos AML. Apenas a minoria dos AML de portadores de HCC reconhecem as proteínas actina-F, desmina e miosina. Foi documentado elevada expressão de anticorpos anti-LC1 neste grupo de portadores de HCC. |