Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Santos, Renata Tourinho |
Orientador(a): |
Paula, Vanessa Salete de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35789
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Resumo: |
Uma estratégia adotada por diferentes países para a redução no número de casos novos de hepatite A é a vacinação. No entanto, o mosaico no perfil epidemiológico da doença no Brasil tem dificultado o estabelecimento de um programa nacional de vacinação unificado. Para determinação de políticas nacionais de vacinação, os resultados de estudos epidemiológicos precisam ser cuidadosamente considerados. E para este monitoramento epidemiológico, a utilização do fluido oral é de grande relevância devido à característica indolor e não-invasiva da coleta. Atualmente, existem vários métodos disponíveis para coleta de fluido oral. Contudo, poucos estudos investigam qual o coletor ideal para detecção de baixos títulos de anticorpos e seu uso em áreas de difícil acesso. Por tais razões, o presente estudo teve como objetivo a avaliação de diferentes coletores de fluido oral para detecção da resposta imune humoral contra o vírus da hepatite A e sua aplicação em estudo epidemiológico em áreas de difícil acesso. Para isto, 90 amostras pareadas de soro e fluido oral foram coletadas de voluntários com diferente estado imunitário em condições ideais de coleta (painel de otimização); e 224 amostras pareadas coletadas em áreas de difícil acesso (estudo epidemiológico) O soro foi coletado por punção venosa e o fluido oral foi obtido utilizando 3 dispositivos comerciais: Salivette®, OraSure® e ChemBio®. Soro e fluido oral foram submetidos a um imunoblot comercial (ImmunoComb® II HAVAb) para detecção de anticorpos anti-HAV totais. O painel de otimização demonstrou que o coletor de fluido oral com melhor desempenho foi o ChemBio® (100% de concordância), seguido pelo Orasure® (95,4%) e pelo Salivette® (90,8%). Posteriormente, o coletor com melhor desempenho, ChemBio® foi avaliado sob condições precárias de armazenagem. A prevalência geral para amostras de soro e fluido oral foi semelhante, 80,8% e 79%, respectivamente. Os dados por faixa etária demonstraram uma forte tendência do aumento da infecção pelo HAV de acordo com o aumento da idade e revelou, tanto no soro quanto no fluido oral, que 50% dos indivíduos entre 0-10 anos estão susceptíveis à infecção. Um acompanhamento dessas amostras foi realizado para avaliar a estabilidade do fluido oral, e foi observado que 210 dias após a coleta foi possível detectar anticorpos anti-HAV. Com isso, podemos concluir que tal método pode ser utilizado na avaliação do estado imunitário de indivíduos em áreas isoladas ou em populações urbanas, orientando a realização de estudos epidemiológicos e auxiliando no estabelecimento de um programa de controle da doença, bem como a seleção dos grupos etários candidatos a receber a vacina contra hepatite A. |