Metacomunidade fitoplanctônica na Baía de Camamu, Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida, Amana Silva Cordeiro de lattes
Orientador(a): Gomes, Doriedson Ferreira lattes
Banca de defesa: Gomes, Doriedson Ferreira lattes, Coutinho, Jeferson Gabriel da Encarnação lattes, Dodonov, Pavel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia:TAV(antigo Programa de Pós em Ecologia e Biomonitoramento) 
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36347
Resumo: A teoria de metacomunidade surgiu com o interesse em investigar como os processos locais e regionais interagem na estrutura da comunidade e a importância dos fatores ambientais e espaciais na determinação dessa estrutura. No entanto, este foco tem sido pouco abordado em regiões estuarinas tropicais para as comunidades fitoplanctônicas, formadas pelo principal grupo de produtores primários dos ecossistemas aquáticos. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo investigar como os filtros ambientais e preditores espaciais influenciam a estrutura da metacomunidade fitoplanctônica dos sistemas lóticos que desaguam na Baía de Camamu. Para tal, utilizamos duas abordagens complementares, uma baseada nos mecanismos através de análises de redundâncias parciais (pRDA) e outra baseada nos padrões com aplicação de um teste hierárquico denominado Elementos de Estrutura de Metacomunidades (EEM). As amostragens foram realizadas em abril e outubro de 2013, contemplando assim um período seco e um chuvoso. A distribuição dos dez pontos de coleta nos rios Maraú, Orojó e Serinhaém ocorreu ao longo do gradiente de salinidade, onde foram coletadas amostras qualitativas e quantitativas do fitoplâncton; amostras de água para análise de nutrientes: silicato, fosfato, nitrato, amônia e nitrogênio total; e foram medidos parâmetros físico-químicos: pH, oxigênio dissolvido (OD), salinidade, temperatura e sólidos totais dissolvidos (STD). As análises indicaram três padrões de metacomunidade: Gleasoniano, Clementsiano e Quase-aninhado, com mudança no padrão entre os períodos seco e chuvoso. Apenas o rio Maraú exibiu o padrão Gleasoniano nos dois períodos. Quanto aos mecanismos, apenas nos rios Serinhaém (chuvoso e seco) e Maraú (chuvoso) houve predominância de variação total explicada pela influência compartilhada de preditores ambientais e espaciais. Nos rios Orojó (chuvoso e seco) e Maraú (seco) a proporção de variância não explicada pelas variáveis medidas (resíduos) foi alta. Dessa forma, verificamos que mudanças nos padrões de chuva interferiram nas estruturas das comunidades fitoplanctônicas, porém não podemos inferir quais variáveis foram importantes na estruturação dessas comunidades.