Os efeitos de uma intervenção para favorecer a competência social de crianças sobreviventes de tumor cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Catiele Paixão dos
Orientador(a): Alvarenga, Patrícia
Banca de defesa: Abreu, José Neander Silva, Piccinini, Cesar Augusto, Alvarenga, Patrícia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20893
Resumo: Os prejuízos imediatos e tardios decorrentes tanto do adoecimento quanto do tratamento para tumor cerebral na infância, com frequência, acarretam agravos no desenvolvimento da competência social de crianças sobreviventes. Este estudo teve como objetivo adaptar uma intervenção individual para favorecer a competência social de crianças sobreviventes de tumor cerebral e avaliar o padrão de mudanças na competência social de cada um dos casos submetidos à intervenção, por meio de um delineamento de estudo de casos múltiplos. Participaram do estudo duas díades mãe-criança, que receberam três visitas domiciliares, para a avaliação pré-intervenção e outras três visitas domiciliares, dois meses após o término da intervenção, para a avaliação pós-intervenção. Foram utilizados uma ficha de dados sociodemográficos, uma ficha de informações clínicas da criança, o formulário para pais do Sistema de Avaliação da Habilidades Sociais (SSRS-BR), entrevistas com a mãe e com a criança sobre o ajustamento social infantil e o Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência de 6 a 18 anos (CBCL/6-18 anos). A intervenção, que foi iniciada logo após a avaliação pré-intervenção, teve em média oito sessões semanais, para o treinamento de habilidades sociais e o acolhimento psicológico individual para a mãe e para a criança, visando a abordar situações desafiadoras, não previstas nas sessões do tratamento que já estavam predefinidas. Os dados foram submetidos à técnica analítica de modelo lógico de nível individual. Os resultados revelaram uma melhora na competência social de ambos os casos, bem como em cada um dos componentes desse construto, a saber: processamento da informação social, interação social e ajustamento social. Além disso, foi também constatada uma redução dos problemas emocionais e comportamentais. Discutem-se as características idiossincráticas de cada caso ao longo da intervenção e as implicações das sequelas do adoecimento no desenvolvimento da competência social.