Avaliação da resposta imune em cães após imunização com dois antígenos recombinantes de Leishmania Chagasi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santos, Patrícia Oliveira Meira
Orientador(a): Oliveira, Geraldo Gileno de Sá
Banca de defesa: Atta, Ajax Mercês, Ramos, Eduardo Antônio Gonçalves, Oliveira, Geraldo Gileno de Sá
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituo de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21116
Resumo: Visando contribuir para o desenvolvimento de uma vacina contra leishmaniose visceral canina, no presente trabalho, foi avaliada a resposta imune de cães após a imunização com dois antígenos recombinantes de L. chagasi/L. infantum (denominados Lc9 e Lc13) misturados a saponina em associação ou não com plasmídeo codificando IL-12 canina de cadeia única (pcDNA3.1-scca-IL-12). Os antígenos foram injetados por via subcutânea e o plasmídeo pcDNA3.1-scca-IL-12 foi administrado diretamente no linfonodo poplíteo drenante, nos dias 0, 21, 42 e 170 do experimento. Nos animais, a geração de anticorpos séricos da classe IgG anti-Leishmania, a proliferação e a produção de interferon gama (IFN-γ) por células mononucleares de sangue periférico, após estimulação específica in vitro, foram avaliadas. Os cães imunizados com Lc9 e Lc13, associados ou não a pcDNA3.1-scca-IL-12, produziram anticorpos específicos da classe IgG reativos com o extrato total de antígenos de L. chagasi/L. infantum e com cada antígeno recombinante separadamente. Contudo, tais animais, não apresentaram resposta proliferativa e tampouco revelaram produção de IFN-γ, após estimulação com extrato total de antígenos de L. chagasi/L. infantum, indicando que pcDNA3.1-scca-IL-12 falhou em induzir resposta imune do tipo TH1 a antígenos coadministrados. Por causa disso, experimentos adicionais foram realizados visando à definição, em caráter preliminar, de condições apropriadas para uso de plasmídeo codificando IL-12, capazes de promover resposta imune TH1 a antígenos co-administrados, na ausência de efeitos tóxicos. Para isso, camundongos da linhagem C3H/Hej e C57Bl/6 foram injetados duas vezes (50 μg / dose) com plasmídeo codificando IL-12 murina de cadeia única (pcDNA3.1-scmu- IL-12) e eletroporação local foi realizada. Os camundongos C3H/Hej revelaram aumento na concentração plasmática de IFN-γ, esplenomegalia, aumento do linfonodo inguinal e aumento do índice de proliferação dos esplenócitos frente a estímulo in vitro por concanavalina A. Além disso, os camundongos C3H/Hej apresentaram, histologicamente, expansão da polpa vermelha associada a grande pleomorfismo celular, aumento no número de macrófagos vacuolados, de megacariócitos e de células apoptóticas. Os camundongos C57Bl/6 exibiram aumento na concentração plasmática de IFN-γ, esplenomegalia e aumento dos linfonodos inguinal e poplíteo. Esses dados sugerem que as quantidades de pcDNA3.1-scmu-IL-12 utilizadas promovem efeitos tóxicos e menores doses do plasmídeo devem ser avaliadas em experimentos para modificação da resposta imune em camundongos.