Por uma interpretação fenomenológica de um urbano interior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Flávia Silva de lattes
Orientador(a): Serpa, Angelo Szaniecki Perret lattes
Banca de defesa: Serpa, Angelo Szaniecki Perret lattes, Marandola Júnior , Eduardo José lattes, Brito, Marcelo Sousa lattes, Dias, Patrícia Chame lattes, Dias, Juliana Maddalena Trifilio
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39903
Resumo: A escrita desta tese foi inspirada em existências, narrativas vividas e escuta atenta, as quais são conectadas ao meu ser-e-estar-no-mundo. Neste sentido, busquei histórias de vida inerentes a realidade geográfica. As experiências, histórias e movimentos vividos foram interpretados a partir das relações interpessoais dos (das) habitantes das cidades de Cravolândia, Jaguaquara e Santa Inês, localizadas no Vale do Jiquiriçá – Bahia. As trocas intersubjetivas construídas no contexto das relações produziram questionamentos: é possível traçar reflexões que permitam alcançar o urbano interior, através da emoção, da imaginação e da admiração? É possível delinear este urbano a partir de geograficidades performáticas? Como conduzir a investigação para a identificação de performances geográficas? Como viver, sentir e captar, reflexivamente, esse urbano? Como as ações corporais ocorridas no cotidiano expressam uma leitura fenomenológica da vida urbana? A metodologia aplicada para alcançar estas respostas, esteve relacionada às pesquisas bibliográficas, à análise de dados quantitativos, as entrevistas semiestruturadas e narrativas, conversas informais e observação das ações em campo, após escutar, viver, sentir e narrar histórias, a partir da espacialidade do meu corpo. Utilizando a narrativa memorialística como metodologia, buscou-se reconstruir lembranças, proporcionar outros sentidos a elas e, dessa forma, aguçar a escuta, sentir os relatos e entrecruzar a realidade e o discurso. Investiguei o urbano interior a partir de perspectivas fenomenológicas, orientadas, pelos estudos de Dardel, Heidegger, Merleau Ponty e Bachelard, dentre outros (as) autores (as). Associado a este processo, conectei a geograficidade, entendida aqui e expressada por Dardel, como uma categoria ontológica pautada na existência do ser -, à performance como uma possibilidade de manifestação de geograficidades. Um caminho que une a Geografia à Arte. As trilhas do vivido evidenciaram corpos em ação ocupando e produzindo o espaço urbano, por meio de uma apropriação integrada às suas próprias vivências, anseios e objetivos que em conjunto desvelam performances geográficas em coletividade. Estes contextos transbordam a ludicidade, a poesia e a luta social, uma vez que os corpos em ação podem vivenciar e sentir de forma orgânica. Ali a arte imprime um caminho para um fazer geográfico aberto às sensações, aspirações e experiências permitindo a imaginação de curvas, ciclos e estradas entrecruzadas.