Memória e identidade nas obras de Moacyr Scliar (Brasil) e de Régine Robin (Quebec, Canadá)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Levemfous, Sérgio Israel
Orientador(a): Souza, Lícia Soares de
Banca de defesa: Mello, Ana Maria Lisboa de, Cerqueda, Sérgio Barbosa de, Oliveira, Humberto Lima de, Souza, Lícia Soares de, Riaudel, Michel
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar Cultura e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29365
Resumo: Trata-se de um estudo comparativo a partir das obras de dois escritores: Moacyr Scliar e Régine Robin. Originalmente do sul do Brasil, Moacyr Scliar, que também fora médico sanitarista, publicou mais de 80 livros entre romances, contos e ensaios. Sua obra enfoca sobretudo a questão da imigração judaica no Brasil e a adaptação e integração desses imigrantes à sociedade brasileira. Humor e certa leveza são utilizados para tecer personagens não exatamente confortáveis em seus contextos e muitas vezes em conflito interno. Personagens que tentam constituir uma identidade que leva em conta os traços de memórias e a nova realidade que os cerca. É o caso dos personagens de suas obras que integram o corpus desse estudo, ou seja, O centauro no jardim e A majestade do Xingu. Régine Robin é uma escritora franco-canadense que segue uma tendência de escritores do Quebec que privilegiam em seus escritos uma ideia de construção nacional que não tem o país como centro, mas uma abordagem identitária que aponta para a ampla diversidade cultural e étnica que compõe o Quebec. É o que para muitos é chamado de escritura migrante. Nosso interesse centra-se principalmente na sua produção literária, particularmente o romance La Québécoite e seu livro de contos L’immense fatigue des Pierres. Entretanto, sua produção como teórica fornece elementos complementares para a análise de suas obras literárias, como, por exemplo, Le roman mémoriel. Kafka e La mémoire saturée. Regine Robin e Moacyr Scliar têm em comum o fato de criarem em seus livros um espaço intermediário entre fatos e ficção, e também apresentarem expressões da comunidade americana de origem judaica. De modo que se intercomunicam a dimensão nacional, a dimensão regional e a dimensão comunitária transnacional.