A transversalidade da questão étnico-racial nos currículos dos cursos de graduação em Serviço Social das universidades federais brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Juliana Marta Santos de
Orientador(a): Alves, Rita de Cássia Dias Pereira
Banca de defesa: Santos, Georgina Gonçalves dos, Cavalcante, Maria Goretti da Fonseca, Miranda, Valéria dos Santos Noronha
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19825
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar um dos elementos que envolvem o processo de formação em Serviço Social: o currículo. Assim, a partir do levantamento realizado dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) e dos currículos, identificar na matriz curricular a existência de disciplinas específicas que abordem a questão racial com toda a sua complexidade e variações. A hipótese primária deste trabalho é de que o racismo permeia e define todas as relações sociais no país, desta forma, o Serviço Social e os Assistentes Sociais não podem ser percebidos fora do prisma mais amplo desse contexto social alienante. Esse profissional é resultado da “formação escolar, de sua vida na sociedade e de sua prática dentro da profissão em suas múltiplas atividades” (Pinto, 2003b). Esta realidade tem um impacto negativo na produção do conhecimento na área, bem como, na ausência do debate no paradigma e teorias que alicerçam a profissão. Dentre as categorias de análise da realidade social destacamos a questão social por ser entendida como a própria razão da existência e surgimento do Serviço Social enquanto profissão. Assim, acreditamos que o conceito de questão social mais frequentemente utilizado pelo Serviço Social não inclui os processos históricos que envolvem a população negra. Defendemos, portanto, conforme a perspectiva de Octávio Ianni a existência de uma questão social latente a partir do Brasil Colônia, não podendo a questão racial ser entendida como umas das expressões da questão social. Quanto ao marxismo – teoria que embasa a profissão – foi adulterado e mascarado numa determinação de classe, mas na realidade abre a possibilidade se pensar raça/etnia sem hierarquização. Na verdade, essas foram consideradas variáveis condicionantes para inserção e transversalização das categorias raça/etnia nos currículos. Os dados coletados através das análises das matrizes curriculares dos cursos de Serviço Social das agências de ensino federais reafirmam nossas hipóteses.