As veias trágicas da loucura: leituras da poética de Antonin Artaud

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Paula, Ellen da Silva
Orientador(a): de Oliveira, Jacyan Castilho
Banca de defesa: Rangel, Sônia Lúcia, dos Santos, José Antônio Saja Ramos Neves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22003
Resumo: Trata-se de pesquisa histórico-crítica, composta por ensaios, na linha de História, Crítica e Recepção, forma e método de aproximação inspirados em Adorno, Theodor (2003), na qual a autora produziu três textos estruturalmente independentes e subjetivamente intercambiados, procurando perseguir os rastros da loucura que marca a poética de Antonin Artaud. Partindo da concepção de experiência trágica da loucura, como pressentiu Michel Foucault, contaminado pela perspectiva do trágico nietzschiano, sugere-se que há um jogo de transgressão e de limites entre razão e loucura, que se materializa na poética artaudiana como combate do corpo, da linguagem e do pensamento contra as estruturas que os imobilizam. No recorte biográfico da viagem de Antonin Artaud à Irlanda, cria-se uma tensão metafórica entre a imagem da água e a imagem da Ilha, a fim de demarcar o combate no duelo entre a Crueldade e o Juízo de Deus, que resultará nos duros anos de intermanto asilar a que o poeta foi submetido. De onde, sob a máscara de Vincent van Gogh, Antonin Artaud acusará a sociedade do ocidente de não suportar a sabedoria trágica dos corpos delirantes, demonstrando que aquilo que chamamos loucura, nada mais é do que a potência do pensamento louco, tomada por uma Tentação para devir, a cada vez que a Crueldade da existência diante dele se desnuda, a tal ponto de provocar o suicídio.