Autoridade e tradição : a crise intergeracional que afeta a educação e o mundo moderno
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | , |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
FACED - Faculdade de Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE)
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34646 |
Resumo: | Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as relações entre os conceitos de autoridade, tradição e educação no pensamento de Hannah Arendt. A autora aborda esses assuntos com base na crise educacional. A autoridade, na concepção arendtiana, corresponde à responsabilidade que o adulto assume em relação à preservação do mundo, e a tradição, significa o respeito às experiências dos antepassados. Já o conceito de natalidade em Arendt é fundamental porque representa a essência da educação, e diz respeito ao nascimento dos recém-chegados que poderão agir e modificar o mundo. Nesse contexto da teia conceitual arendtiana, a crise de autoridade e tradição na educação, é analisada como deslocamento ou desaparecimento da responsabilidade dos adultos com relação aos recém-chegados no mundo. Assim, os adultos perdem a capacidade de transmitir a herança para as crianças que são educadas no espaço privado e na instituição escolar. Desse modo, a transmissão de conhecimento, amparado pelo ensino e aprendizagem na educação é afetado por uma crise intergeracional. A presente dissertação investiga, como essa crise intergeracional influenciou o relacionamento entre adultos e crianças. A compreensão da crise proporciona a oportunidade de refletirmos sobre a relevância da educação das crianças para as relações que estabelecerão futuramente como adultos livres no espaço público e na sua constituição como indivíduos na civilização. Diante desse contexto, discutimos como a crise se aprofundou de tal forma que os próprios recém-chegados transferiram a responsabilidade perdida pelos adultos para o acesso à informação com a chegada da revolução digital. Entretanto, em nossa análise, consideramos que o acesso à informação não é formação. Refletir sobre a crise de autoridade e tradição, fundamentado na crise intergeracional pode significar que a educação é o espaço que deve ser preservado para sustentar a relação entre gerações. Cabe ao adulto assegurar sua promessa de apresentar o legado de um mundo, permitindo o acesso aos fios da tradição, para que os recém-chegados assumam essa herança e possam se relacionar como seres singulares com a pluralidade humana. |