Influência da anexina A1 na regulação da produção de IL-1β em pacientes com leishmaniose cutânea causada por L. (V.) braziliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Camila Pimentel lattes
Orientador(a): Carvalho, Lucas Pedreira lattes
Banca de defesa: Fernandes, Ana Paula Salles Moura lattes, Cardoso, Thiago Marconi de Souza lattes, Carvalho, Lucas Pedreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40783
Resumo: Introdução: A leishmaniose cutânea (LC) é caracterizada pela presença de lesões cutâneas ulceradas com bordas elevadas. Nas lesões de pacientes com LC são observadas concentrações elevadas de TNF e IL-1β, aumento da frequência de linfócitos e fagócitos mononucleares e baixa carga parasitária. A anexina A1 (ANXA1) é uma proteína pertencente à superfamília das anexinas ligadoras de fosfolipídios dependentes de cálcio, induzida por glicocorticóides e capaz de regular a produção de mediadores inflamatórios. Os efeitos anti-inflamatórios do ANXA1 são mediados em sua maior parte pela ligação ao receptor 2 do peptídeo formil (FPR2), resultando no controle da resposta inflamatória. Objetivos: Nosso objetivo foi avaliar a influência da ANXA1 na produção de IL-1β por macrófagos infectados por L. braziliensis. Materiais e Métodos: Biópsias e fragmentos de pele, sangue total e soro foram coletados de pacientes com LC e indivíduos saudáveis (IS). A expressão gênica (IL1B, ANXA1, FPR2, NLRP3, CASP1 e PYCARD) foi determinada por RNAseq em biópsias e fragmentos de pele e sangue total. Macrófagos derivados de monócitos de IS foram infectados com L. braziliensis (na proporção 5:1) na presença ou ausência de rANXA1 ou WRW4 (inibidor seletivo do receptor FPR2) e cultivados por 4 e 48 horas. Os níveis de ANXA1 e IL-1β foram determinados no soro e nos sobrenadantes da cultura. Resultados: Observamos que os genes descritos acima estavam mais expressos nas lesões de LC. Observamos também que os genes da via do inflamassoma NLRP3 foram positivamente correlacionados com FPR2 e ANXA1 na lesão, enquanto no sangue apenas o gene NLRP3 foi negativamente correlacionado com ANXA1. Além disso, descobrimos que pacientes com LC apresentaram concentrações séricas mais elevadas de ANXA1 e IL-1β quando comparados aos IS. Macrófagos infectados por Leishmania produziram altos níveis de ANXA1 e IL-1β. Finalmente, descobrimos que o enriquecimento de culturas de macrófagos infectados com ANXA1 diminuiu os níveis de IL-1β sem alterar a carga parasitária. Conclusão: Nossos resultados sugerem que o aumento de ANXA1 regula negativamente a produção de IL-1β sem afetar a capacidade dos macrófagos de matar L. braziliensis.