Do neoliberalismo ao pós-neoliberalismo: uma análise crítica da mudança do discurso do FMI face à crise financeira internacional dos anos 1990 e à emergência das propostas altermundialistas da ATTAC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Oliveira, Dimitri Leonardo Santana Martins de
Orientador(a): Milani, Carlos Roberto Sanchez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
FMI
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26092
Resumo: Na aurora do século XXI, o FMI, que durante duas décadas vinha pregando aquilo que viria a ser conhecido como o “neoliberalismo”, muda o seu discurso, introduzindo novos elementos na sua composição, gerando aquilo que ficou conhecido como o “pós-neoliberalismo”. O presente trabalho visa a analisar esta mudança do discurso do Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta mudança aconteceu em função da grave crise financeira internacional somada à emergência do movimento altermundialista no cenário internacional, em especial o aparecimento da ATTAC (Associação pela Taxação das Transações Financeiras em Apoio aos Cidadãos e Cidadãs). Para tanto, vamos utilizar como ferramenta teórico-metodológica a análise crítica do discurso, que é um método que parte do pressuposto de que “poder” e “discurso” são palavras que se alternam, ou seja, que o discurso é a cristalização do poder, e que, portanto, é uma ferramenta para analisar como os discursos moldam o poder na sociedade, como este poder é desconfigurado, reconfigurado e desafiado pelo discurso e por sua mudança. Faremos isso a partir da análise dos informes anuais do Fundo Monetário Internacional, nos quais se torna evidente esta mudança, em confronto com o discurso da plataforma internacional da ATTAC, que aponta para a emergência de uma contestação política ao que foi pregado pelas organizações multilaterais hegemônicas como o único modelo possível para a economia internacional.