Caracterização clínica das afecções orais em cães e gatos no município de Salvador-BA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Borges, Karla Bomfim
Orientador(a): Costa Neto, João Moreira da
Banca de defesa: Dorea Neto, Francisco de Assis, Valentim, Melissa Hanzen Pinna, Dias, Roberto Costa, Costa Neto, João Moreira da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30785
Resumo: Várias são as afecções orais encontradas na cavidade oral de cães e gatos, mas a mais comum é a doença periodontal, que se caracteriza pela inflamação gengival (gengivite) e pela inflamação do periodonto (periodontite). Possui origem infecciosa de ação bacteriana, a qual possui uma capacidade de ação focal e sistêmica no animal acometido. Os sinais clínicos de identificação da doença periodontal podem variar, porém os mais comuns são a halitose e a inflamação gengival. O objetivo com este trabalho foi realizar a caracterização clínica das afecções orais de cães e gatos no Município de Salvador, Bahia; assim como saber o nível de conhecimento dos guardiões quanto às ações profiláticas domiciliares. Para isso, foram analisadas as informações obtidas por meio do atendimento de cães e gatos com afecções orais realizadas em clínicas veterinárias da iniciativa privada e no Hospital de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia. Foram avaliados 184 animais (162 cães e 22 gatos), destes, 175 apresentaram doença periodontal (95,11%; 175/184), sendo 156 cães (84,78%; 156/175) e 19 gatos (10,33%; 19/175); observando-se que em 45% (70/156) dos cães e 47% (9/19) dos gatos, a doença periodontal foi classificada como grave. Verificou-se uma relação significativa (p<0,05) entre presença de gengivite e a proximidade dentária, má oclusão, sangramento gengival, halitose, mobilidade dentária, placa bacteriana, calculo dentário e exposição de furca dentária. Perante a análise da apresentação clínica da doença periodontal, pode-se constatar que 96% (168/175) dos casos estudados possuíam halitose, 34,3% (60/175) tinham mobilidade dentária patológica, 96% (168/175) com presença de placa bacteriana, 90,3% (158/175) com gengivite, 83,4% (146/175) com presença de cálculo dentário, 46,3% (81/175) com exposição de furca dentária e 58,9% (103/175) com retração gengival. Os resultados revelaram a prevalência da doença periodontal grave como a mais encontrada em ambas as espécies, diante de tais resultados, observou-se que há a necessidade de realização de uma orientação preventiva mais adequada, um diagnóstico precoce e uma recomendação terapêutica apropriada