Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nery Junior, Nivison Rui Rocha
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Orientador(a): |
Costa, Federico |
Banca de defesa: |
Natividade, Marcio Santos da,
Nery, Joilda Silva,
Araújo, Wildo Navegantes de,
Croda, Julio Henrique Rosa,
Khalil, Hussein |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
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Departamento: |
Instituto de Saúde Coletiva - ISC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41609
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Resumo: |
As doenças infecciosas emergentes continuam sendo uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. Nas últimas décadas, a humanidade tem enfrentado diferentes emergências de saúde pública decorrentes de zoonoses, como a recente epidemia do zika vírus e a atual pandemia do SARS-CoV-2. Embora essas doenças acometam populações em todas as regiões do planeta, os residentes de áreas urbanas empobrecidas, como as favelas, estão mais vulneráveis e expostos a uma carga maior delas. Nesta tese os objetivos buscam descrever os determinantes sociodemográficos associados a exposição ao zika vírus e a infecção do SARS-CoV-2, bem como a frequência e os fatores associados ao interesse dos indivíduos em se vacinar contra a COVID-19. Esses objetivos conduziram a realização de quatro artigos cujo resultados serão apresentados em seção específica dentro da tese. No Artigo 1, foi realizado um estudo transversal, recrutando 469 mulheres grávidas que tiveram seus partos no centro obstétrico de um importante hospital público da cidade de Salvador, entre outubro de 2015 e janeiro de 2016. Para este grupo de mulheres foi identificado uma soropositividade de 61% para o ZIKV, e um gradiente social atrelado ao resultado dessa exposição. No Artigo 2, foi realizado um inquérito transversal de uma coorte de 2.041 moradores de uma favela da cidade de Salvador, entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, após a primeira onda da pandemia da COVID-19. Neste estudo foi encontrado uma soropositividade ao vírus de aproximadamente 50% dos residentes, sendo as mulheres e as crianças mais propensas a infecção. No Artigo 3, foi realizado uma pesquisa de base populacional transversal em 12 distritos da cidade de Salvador, entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, para identificar os fatores associados a aceitação vacinal para uma possível vacina segura contra a COVID-19. Entre os 2.521 participantes, 81.4% relataram pretensão de tomar uma vacina, e destes, 68.2% referiram ainda que se fosse necessário, pagariam para ter acesso à mesma. No Artigo 4, utilizamos dados dos participantes com 18 anos ou mais que participaram da pesquisa referida no Artigo 2 para avaliar a frequência e os fatores associados à vontade ou hesitação de se vacinar contra a COVID-19. Descobrimos que a aceitação vacinal em residentes de uma favela urbana é menor do que a obtida na população geral, com percentual de 66%, tendo como principais motivos para a hesitação o desconhecimento da eficácia da vacina e os potenciais efeitos colaterais após a sua administração. A partir dessas descobertas, esperamos contribuir com conhecimentos para a saúde coletiva, resultando em respostas sanitárias e políticas públicas mais efetivas, direcionadas a redução de iniquidades em saúde, oportunizando melhores condições sociais para a população empobrecida. Além de nos tornar mais bem preparados, com um sistema de saúde pública forte e vigilante para o enfrentamento destas e de futuros desafios sanitários que possam surgir. |