Uma guerra de cor, gênero e classe: estudo das sentenças condenatórias de mulheres criminalizadas por tráfico em Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Débora Moreno de Moura
Orientador(a): Prado, Alessandra Rapacci Mascarenhas
Banca de defesa: Prado, Alessandra Rapacci Mascarenhas, Portugal, Daniela Carvalho, Cardoso, Maria de Fátima
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Direito
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Direito
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30749
Resumo: Este trabalho se propõe a analisar criticamente sentenças condenatórias de mulheres encarceradas em Salvador, cujas condenações foram motivadas pela Guerra às Drogas. Para tanto não foi possível outro caminho que não aquele que contemplasse o entendimento da nossa sociedade como de classes, contando com o racismo e o patriarcado como seus elementos estruturantes. Nesse paradigma se inscreve o sistema jurídico penal, ferramenta de controle do capitalismo, que, portanto, reproduz práticas de violência e manutenção de opressões. A Guerra às Drogas emerge como um instrumento deste controle, se conformando, essencialmente, contra grupos vulneráveis, em especial as mulheres negras. Em incursão genocida, esta guerra opera deixando inconteste rastro de violência e dor, como atestado não só por pesquisas acadêmicas, como também pelas próprias instituições oficiais dos Estado-nação. É urgente, portanto, nos debruçarmos sobre essas práticas eivadas de letalidade e que atendem à necropolítica.