Sociabilidades negras e a guerra às drogas: olhares sobre o território da \"cracolândia\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Amparo, Amanda Gabriela Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-21022022-210705/
Resumo: O objetivo desta dissertação foi analisar a sociabilidade de corpos negros(as) no contexto da guerra às drogas tendo como campo de atenção o território da \"cracolândia\". Partindo da relação destes com a cidade de São Paulo, observamos as trajetórias institucionais, contextos familiares, escolas, trabalhos, centros de convivências, assistência médica, sistema penitenciário, e a relação com a rua. Na análise sobre as especificidades destes corpos, percebemos diferentes questões de suas sociabilidades diante de vulnerabilidades que se acentuam através do marcador racial. Partindo da relação entre território, corpo e identidade, buscamos compreender a dimensão de resistência através da corporeidade negra, com foco nas noções de comunidade, memória e história de vida, supondo que tais dimensões possam se elencar ao comportamento destas corporeidades, revelando uma identidade aquilombada de ruptura com os modos convencionais de operar as relações em contextos urbanos. Observa-se que oito em cada dez usuários regulares de crack nestas cenas públicas são negros(as), e com isso, a partir da noção de aquilombamento de Beatriz Nascimento (2018), é possível pensar na \"cracolândia\" como um espaço de refúgio de pretos e pretas, já marcados na cidade, pela ausência de possibilidades de estar em outros cantos.