Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Batista, Eliana Evangelista |
Orientador(a): |
Senna Júnior, Carlos Zacarias de |
Banca de defesa: |
Senna Júnior, Carlos Zacarias de,
Brito, Maurício Freitas,
Silva, Paulo Santos,
Silva, Maria Elisa Lemos Nunes da,
Demier, Felipe Abranches |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31942
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Resumo: |
Esta tese analisa os desdobramentos políticos da Revolução de 1930 na Bahia, destacando a atuação dos grupos políticos e partidários que se opuseram ao governo de Getúlio Vargas entre 1930 e 1937. Com base na pesquisa bibliográfica e de arquivo que analisou uma diversidade de fontes, a exemplo de cartas, manifestos, ofícios, livros de memórias e principalmente jornais editados no período, demonstra-se que a Revolução de 1930 teve uma base de sustentação política na Bahia formada por dissidências da oligarquia no estado, especialmente produtores em litígio doméstico com os governos de Góes Calmon (1924-1928) e Vital Soares (1928-1930). Depostos pelo movimento revolucionário de outubro, os remanescentes do governo calmonista e os mangabeiristas foram inicialmente substituídos por seabristas, que se juntaram à Aliança Liberal no ano de 1929. Diante da dificuldade em atender aos interesses dos grupos revolucionários, em razão da forte crise de hegemonia que se instalou no período, os interventores baianos que assumiram o governos nos primeiros meses após a revolução foram substituídos por um militar cearense, Juraci Magalhães, que atuou de forma discricionária e constitucional, entre os anos de 1931 e 1937. Contra ele e o projeto de governo centralizador que representava, insurgiu um grupo de baianos. Inimigo de véspera, este grupo que se autodenominou autonomista, liderado pelo deputado Otávio Mangabeira, envidou esforços para retomar as rédeas do governo do estado. Longe de significar apenas o desejo de devolver a Bahia à posse de si mesma, as lutas políticas e partidárias que daí emergiram, expressas no jogo das aparências de uma narrativa regionalista e intensificadas nas disputas eleitorais do conturbado jogo político constitucional da década de 1930, revelam a verdadeira face desse ajuntamento de oposição. Formada por produtores, comerciantes e políticos profissionais que participavam diretamente do controle do Estado, antes de 1930, os autonomistas buscavam resguardar os seus interesses materiais e mais que isso, confrontavam abertamente o novo modelo de Estado que estava sendo gestado em substituição ao federalismo oligárquico que defendiam, cuja existência estava ameaçada pelo forte aparato coercitivo do governo de Getúlio Vargas e pela incapacidade das oligarquias regionais em superar a crise de hegemonia nos diferentes estados, culminando no golpe de 1937 que instalou o Estado Novo no Brasil. |