CORPALAVADEIRA: UMA POETICA DO CORAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sousa, Vera Solange Pires Gomes de lattes
Orientador(a): Serrano, Leonardo Jose Sebiane lattes
Banca de defesa: Serrano, Leonardo Jose Sebiane lattes, Hage, Salomao Antonio Mufarrej Hage lattes, Amorim, Ana Karine Jansen de Amorim lattes, Bezerra, Jose Denis de Oliveira lattes, Brito, Marcelo Sousa lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Departamento: Escola de Teatro
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39780
Resumo: “Corpalavadeira: Uma poética do coração” é uma poética de doutorado desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia-PPGAC/UFBA, na linha de pesquisa Corporeidades e interfaces: Somática, Performatividade e Artes Digitais. Sua corpa investigativa está centrada no “Ritual de Lavadeiras” e suas histórias de vida conectadas ao trajeto de vida e arte da pesquisadora amazônida. É por este repertório cultural da Amazônia Paraense que todo o processo de constituição da performer-atriz como uma geografia viva é banhado, implicado. Por tudo isto, o trabalho percorre uma trajetória para além de “sujeito de pesquisa” tendo a imagem e a força da lavadeira, não apenas como categoria de estudo, mas como gênese da criação de subjetivações outras investigadas e expressas pelo Grupo INcorpoRe. Performar junto ao chão das ruas da periferia de Icoaraci/PA está sendo consolidada desde o início da pesquisa como uma identidade poética singular e atual, de modo a garantir, de fato e de direito, intervenções culturais no cotidiano da cidade. A corpalavadeira forma sua teia de significados como um plano de resistência, não apenas para o distrito de Icoaraci, mas sim, no dialogar do entre – cidadania-florestania - como uma poética pública insurgente que inibe, rompe, agride padrões e comportamentos que impõe regras e normatizações para a corpa. Os caminhos investigativos desta temática debruçam-se em três pontos fundamentais: sujeita, objeto e relação sujeita-objeto-mundo inspirados na iconografia como metodologia (Jung, 2008) e para estabelecer relações teóricas de análise utilizei conceitos de Geertz (1997), Schechner (2003), Freire (1987), Boal (1997) e Santos (2020). Desse modo, encaminho-me pelo viés da Prática como Pesquisa (Fernandes, 2012), e tenho a corpalavadeira como protagonista da pesquisa numa poética do coração (Hillman 2010). A clareira social como metodologia constituída para esta pesquisa se deu em três princípios metodológicos adotados pelas rodas de conversa, subdivididas em ‘corpo-prosa’, ‘corpo-alumia’ e ‘corpo memória’, o segundo princípio está pautado na colaboratividade/cooperatividade e o terceiro princípio é mais significativo designa-se ao princípio de cidadania-florestania além de elencar a ‘butuca’ e as ‘fotografias’ que fazem parte da poética do processo criativo. Palavras-chave: Amazônia; Performance; Corpa; Políticas Públicas e Corpalavadeira