Moeda social e bancos comunitários de desenvolvimento: análise de dois circuitos monetários alternativos no Piauí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Tamires Lordelo Conceição
Orientador(a): Rigo, Ariádne Scalfoni
Banca de defesa: França Filho, Genauto Carvalho de, Nascimento, Ives Romero Tavares do
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de oós-Graduação em Administração
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32192
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo compreender a dinâmica dos circuitos monetários das moedas sociais em dois territórios do Nordeste do Brasil. Para isso, realiza-se o estudo de dois casos enquanto unidades de análise, por meio de uma abordagem qualitativa, descritiva e exploratória. Para tanto, foi realizado um levantamento geral das experiências da região Nordeste, onde duas se mostraram relevantes e com grande potencial de contribuição para a pesquisa por possuírem um grande volume de moeda social em circulação no território: Banco dos Cocais/PI e do Banco Rede Opala/PI. Foram aplicados 85 questionários semiestruturados em cada uma das cidades escolhidas. A análise dos dados obtidos foi feita pelo mapeamento detalhado do circuito monetário, utilizando os softwares Ucinet e Netdraw para respectivamente, montagem do banco de dados e desenho das redes. Os resultados sugerem a confirmação do pressuposto inicial: que as moedas sociais têm o potencial de influenciar e dinamizar as economias locais. Dessa forma, podem ser consideradas como uma prática monetária inovadora, que estimula novas ações coletivas e recupera a capacidade dos agentes de influenciar os fluxos da economia local. Apontam também, que aspectos de cada território fazem com que a atuação dos Bancos Comunitários de Desenvolvimento (BCDs) e das suas respectivas moedas sociais tenham efeitos diferentes e interferiram na dinâmica dos circuitos monetários. Além disso, verificou-se que em um território maior, os impactos em termos de quantidade (se tratando de volume de moeda) são menores, o circuito é mais curto. Conforme os achados da pesquisa, as moedas sociais não podem ser consideradas apenas um meio de troca econômica. A sua metodologia está aliada ao desenvolvimento local mais justo, em que seus benefícios e prejuízos possam ser repartidos de forma mais igualitária.