Moeda social e desenvolvimento local em Maricá (RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Danilo Pitarello
Outros Autores: Neumann, Denise Maria
Orientador(a): Marconi, Nelson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/31485
Resumo: O governo da cidade de Maricá, localizada na região metropolitana do Rio de Janeiro, instituiu em 2013 um programa de transferência de renda e apoiou a criação de um banco comunitário e uma moeda social, a mumbuca, para fazer o pagamento desse benefício social, que se transformou posteriormente em um programa de Renda Básica de Cidadania. Este estudo faz um diagnóstico da circulação da moeda e discute como seu uso pode ser potencializado para desenvolver a economia local e tornar a cidade menos dependente dos royalties do petróleo. A análise do circuito da mumbuca trouxe, além de resultados inéditos, a confirmação de uma baixa recirculação da moeda, o que reduz seu potencial de estímulo à economia local. O segundo foco foi a análise da economia local, que reforçou a percepção existente de sua expressiva dependência da administração municipal. Uma compilação própria de dados mostra que o município não usa seu poder de compra para estimular as empresas e os produtores locais. Este estudo combina métodos quantitativos (tratamento de dados primários e análise de dados secundários) e qualitativos, sendo ancorado em 12 entrevistas semiestruturadas com gestores locais. Ao final, são feitas propostas para estimular o uso da mumbuca na economia local, desdobradas em dois eixos: 1) ampliação do uso da mumbuca, fazendo com que ela não se limite ao circuito da renda básica e se torne uma moeda realmente local; e 2) articulação de propostas com objetivos simultâneos de estimular a produção local, incentivar a formalização da economia e privilegiar práticas participativas, sustentáveis e inclusivas de desenvolvimento. Uma ressalva do conjunto das propostas é que, quanto mais a cidade for capaz de definir uma estratégia de médio e longo prazos para seu desenvolvimento com participação da população e da sociedade civil organizada, maior será o potencial dos instrumentos sugeridos.