A questão da subjetividade na virada antropológica de Ludwing Feuerbach: Um díálogo com Martinho Lutero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Edineide de Jesus lattes
Orientador(a): Souza, José Crisóstomo de lattes
Banca de defesa: Souza, José Crisóstomo de lattes, Paula, Márcio Gimenes, Silva , Genildo Ferreira da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40828
Resumo: O objetivo da presente pesquisa é fazer uma análise sobre a questão da subjetividade no projeto antropológico de Ludwig Feuerbach demonstrando dessa forma, sua crítica à subjetividade da religião cristã, assim como também, a secularização da Modernidade filosófica. A crítica feuerbachiana ao cristianismo e consequentemente a filosofia especulativa concentra-se no seu caráter ilusório e no subjetivismo proporcionado pela cisão do homem com a sua própria essência e pela elevação acentuada do homem individual, do sujeito como absoluto. Feuerbach, através do seu princípio de sensibilidade, pretende reestabelecer a unidade do gênero humano e instituí-la como fundamento normativo. Por isso, a revolução antropológica feuerbachiana tem como intuito resgatar a essência genérica do homem, ou seja, a “realidade subjetiva do gênero”, que por sua vez encontra-se ainda na religião, deturpada, secularizada, mas perfeitamente recuperável. A nova filosofia tem, portanto, a tarefa de realizar o pensamento, de dar objetividade ao ser, tornando sensível o sujeito cognoscente. A virada antropológica proposta por Feuerbach configurase então como uma determinação dessa nova filosofia que apresenta através do principio de sensibilidade (Sinnlichkeit) um “projeto soteriológico” para a filosofia. Para tanto, Feuerbach parte da crítica da filosofia especulativa, centrada na identidade entre pensar e ser, para a realização do pensamento na realidade sensível, corpórea. O projeto antropológico feuerbachiano pretende reestabelece no homem essa unidade entre ser e pensar. E enquanto na velha filosofia (a filosofia moderna) o ponto de partida foi o “penso, logo existo” cartesiano que reduzia o homem a um ser abstrato, a nova filosofia (a filosofia da sensibilidade) inicia-se com o ser real, “o ser corpóreo em sua totalidade”.