A imprensa baiana e o americanismo na guerra contra o Eixo (1942 - 1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Raquel Oliveira
Orientador(a): Sena Junior, Carlos Zacarias Figueiroa de
Banca de defesa: Sena Junior, Carlos Zacarias Figueiroa de, Oliveira, Laura de, Costa, Iraneidson Santos, Silva, Paulo Santos, Dias, José Alves
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28842
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar o reforço de um discurso favorável às instituições políticas, modelo econômico e padrão de vida dos Estados Unidos, disseminado nas páginas dos jornais editados em Salvador, entre os anos de 1942 e 1945. Discutimos o projeto de aproximação entre o país norte-americano e o Brasil, mais especificamente a Bahia, enfocando na atuação da Agência do Coordenador dos Assuntos Interamericanos (OCIAA), órgão governamental estadunidense que visava superar a influência do Eixo sobre a América Latina. Verificamos as articulações das classes dirigentes baianas a favor da difusão do americanismo na sociedade local, e as vinculações entre o processo de redemocratização do Brasil e o discurso sobre a democracia norte-americana na imprensa da Bahia. Investigamos de que forma as relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos apareceram nos periódicos da capital baiana e a maneira pela qual a publicidade jornalística contribuiu para o esforço de guerra ianque. Além disso, analisamos os argumentos da imprensa baiana em defesa do panamericanismo e as impressões de baianos ao viajarem para os Estados Unidos, alguns deles patrocinados pelo próprio governo norte-americano, como foi o caso de médicos, estudantes e jornalistas como Simões Filho, diretor do jornal A Tarde, e Wilson Lins, redator-chefe de O Imparcial. Mostramos como a imprensa baiana buscou propagar a existência de uma aproximação entre a Bahia e os Estados Unidos, do ponto de vista cultural e intelectual. Abordamos outros aspectos nos periódicos de Salvador sobre o americanismo, como o reforço de estereótipos sobre a América Latina e a questão do racismo nos Estados Unidos. E por fim, observamos a cobertura dos jornais baianos sobre a União Soviética e os comunistas, bem como acerca do Eixo e seus simpatizantes no Brasil.