Rouge Brésil : essa literatura francesa que nos lê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Maia, William de Lima
Orientador(a): Cerqueda, Sérgio Barbosa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27833
Resumo: Esta dissertação objetiva discutir a representação da figura do ameríndio no romance Rouge Brésil (2001) de Jean-Christophe Rufin. Trata-se de uma obra contemporânea que trabalha com dois eixos para a sua construção narrativa. O primeiro é o resgate de relatos de viagem, inscritos no século XVI, que descrevem a primeira tentativa de colonização francesa no Brasil, batizada de França Antártica, em 1555. O segundo consiste numa operação ficcional que permite à narrativa introduzir personagens que não se fazem presentes nos relatos consultados para composição desse romance histórico. A análise que se segue busca refletir sobre a reprodução de clichês e estereótipos na representação da figura do indígena brasileiro. O presente trabalho entende que isso impossibilita no romance estudado o resgate do equilíbrio entre a voz do indígena e a voz do colonizador, ao mesmo tempo em que provoca uma leitura equivocada da cultura ameríndia, a partir de um fazer literário no século XXI. Por fim, pretende-se identificar em que medida Rouge Brésil se insere numa literatura romanesca francesa que conserva a tendência em ler o ameríndio e, por conseguinte, as coisas do Brasil, através das lentes do estereótipo e do clichê.