Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Liliane Vasconcelos de |
Orientador(a): |
Vieira, Nancy Rita Ferreira |
Banca de defesa: |
Pechman, Robert Moses,
Souza, Florentina da Silva,
França, Denise Carrascosa,
Carvalho, Maria do Socorro |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26441
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Resumo: |
A presente tese busca efetuar uma leitura de imagens que dão forma à cidade do Salvador na literatura e no cinema contemporâneo, em obras selecionadas. Parte do pressuposto de que a cidade, como a conjugação dos elementos arquitetônicos e humanos que efetivamente a compõem, permite (e talvez até instigue) investigações que deem conta desta cidade-texto. Pensando no recorte que é fundamental a todo procedimento científico, esta pesquisa intenta responder: Como se constitui a articulação entre o espaço físico da cidade e os diversos grupamentos humanos que por ela circulam na contemporaneidade? E, especialmente, como a literatura e o cinema expressam o imaginário urbano de Salvador? Por que surge esse grande interesse pelo estudo da cidade, se atualmente vivenciamos a crise urbana? Por esse viés, a reflexão aqui desenvolvida se debruça sobre visões empreendidas pela literatura e pelo cinema acerca de Salvador, utilizando estas narrativas para ampliar o olhar sobre a cidade. A fim de alcançar esse resultado, este trabalho elege a mirada dos Estudos Culturais, que investem nos diversos contextos da cidade enquanto texto, bem como em uma ótica multidisciplinar, alicerçada nos estudos urbanos. Compondo o corpus que delimita o alcance desta investigação, foram escolhidas algumas narrativas, datadas do século XXI: na literatura, O canto da sereia, de Nelson Mota (2002), A rainha do Cine Roma, de Alejandro Reyes (2010), Salvador negro rancor, de Fábio Mandingo (2011) e Ladeiras, vielas e farrapos, de Tom Correia (2015a); no cinema, Cidade Baixa, de Sérgio Machado (2005), Ó paí, ó, de Monique Gardenberg (2007), Estranhos, de Paulo Alcântara (2009) e Trampolim do Forte, de João Mattos (2010). O que há em comum nestas obras, tornando-as adequadas para esta análise, é o fato de localizarem a narrativa no espaço urbano contemporâneo da cidade de Salvador, focalizando, sob diferentes perspectivas, a problemática urbana atual, e trazendo a cidade à cena. A pesquisa permitiu identificar nas obras do corpus, tanto em cinema quanto em literatura, a presença de discursos diversos sobre o imaginário de Salvador, retratando a cidade ora como cartão-postal vocacionado para o prazer e o encantamento, ora como uma urbe desigual, na qual a solidariedade e os afetos humanos são diariamente sufocados por crueldade, miséria e barreiras à ampla convivência entre os diversos segmentos da sociedade. |