Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Farias, Félix Ferreira de |
Orientador(a): |
Boas, Geraldo da Silva Vilas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21540
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Resumo: |
No presente trabalho foram avaliadas as condições de sedimentação dos estuários Itapicuru e Real, localizados no Litoral Norte do Estado da Bahia, Brasil, a partir da análise das fácies sedimentares, do espaço para acomodação dos sedimentos ainda restantes nos ambientes e das análises isotópicas ¹⁴C e ²¹ºPb - Cs, para se estabelecer as taxas de sedimentação e as condições evolutivas de preenchimento desses estuários. Os ambientes estudados se mostram originalmente capazes de acumular sedimentos no seu interior, com volumes de 4,8 x 106 m3 (Itapicuru) e 2,0 x 107 m3 (Real). Apesar de circunvizinhos, os estuários Itapicuru e Real apresentam condições de sedimentação e evolução completamente opostas. As condições de preenchimento dos estuários foram estimadas utilizando-se os métodos geocronológicos combinados ²¹ºPb e Cs, com taxas de sedimentação no Itapicuru e no Real de 5,5 mm ano-1 e de 2,8 mm ano-1, podendo ser estimado para ambos, um tempo de preenchimento futuro de 600 anos e 2150 anos, respectivamente. Análise do ¹⁴C também comprovou que nos últimos 1.200 anos ocorre sedimentação no interior do estuário Real. As fácies sedimentares estudadas, a partir da sua textura, mineralogia e composição dos grãos, forneceram indicadores sobre a sua hidrodinâmica estuarina e a sua proveniência sedimentar, sendo possível determinar sua área de domínio marinho, estuarino e fluvial. O estuário Itapicuru é estreito e relativamente raso, com profundidade média de -3,9 m, dominado pela sedimentação do fácies areia fina a muito fina na sua bacia central, média na cabeceira e grossa na embocadura, este último, composto por biodetritos. Já o estuário Real é bastante largo em toda a sua extensão, porém, raso na cabeceira e na bacia central, com profundidades de -2 m, enquanto que, na embocadura, são observadas profundidades maiores de -20 m. Sua extensão e largura favorecem a sedimentação dominada por fácies silte grosso a silte médio na sua bacia central e por areia média e areia fina na cabeceira e na embocadura. Com a combinação dessas variáveis foi possível concluir, portanto, que estes ambientes representam diferentes condições de sedimentação estuarina, com desenvolvimento relativamente avançado do preenchimento do canal. Entretanto, comporta no seu interior, a capacidade de aprisionar sedimentos fluviais e marinhos, sem serem lançados diretamente no oceano, conforme caracterizaria seu estágio final de evolução. |