O ORALISMO NA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL E AS OBRAS DE ANA RÍMOLI DE FARIA DÓRIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Seixas, Catharine Prata lattes
Orientador(a): Miranda, Theresinha Guimarães lattes
Banca de defesa: Miranda, Theresinha Guimarães lattes, Barros, Alessandra Santana Soares e lattes, Rocha, Solange Maria da lattes, Dick, Sara Martha lattes, Lima, Solyane Silveira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37549
Resumo: O objetivo principal desta pesquisa de doutorado consiste em analisar os conceitos oralistas presentes nos livros traduzidos por Ana Rímoli de Faria Dória. Tal análise norteia-se pelos seguintes objetivos específicos: compreender a concepção do método oralista em consonância com o momento histórico analisado, no bojo das articulações políticas e educacionais propostas pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos na gestão de Ana Rímoli de Faria Dória; descrever a materialidade dos impressos traduzidos por Ana Rímoli, destacando a influência de concepções estrangeiras na elaboração de material didático utilizado na formação de professores de surdos; discutir sobre a classificação da surdez na concepção do oralismo no Brasil, as características do referido método; compreender a importância do treinamento audiovisual e analisar a estruturação curricular da didática da fala. Os referenciais desta pesquisa são de caráter histórico e coadunam com as premissas da história cultural, ancorados, sobretudo, nos estudos da História do Livro, História das Disciplinas Escolares e Cultura Material Escolar. Nesse sentido, foram fundamentais as análises de Peter Burke (2005), que concebe a Nova História Cultural como um novo paradigma epistemológico cuja ascensão é conhecida através dos estudos desenvolvidos pelos campos da cultura material escolar, da história da leitura, da história da memória dentre outras categorias. Esta pesquisa documental culmina na contribuição para os estudos historiográficos acerca da Educação de Surdos, e, por conseguinte, para o campo da História da Educação. Estabelecer diálogos com os impressos de Ana Rímoli evidencia o protagonismo de textos que outrora fortaleceram ideias e conceitos oralistas, subsidiando um projeto de formação de professores de surdos em âmbito nacional. Além de gestora do Instituto Nacional de Educação de Surdos, Ana Rímoli assumiu uma postura de pesquisadora arqueológica, buscando materiais físicos para estruturar um ideário oralista em consonância com o projeto educacional do Brasil naquele período. A disseminação dos impressos (tanto dos traduzidos quanto dos autorais) se fez de forma idiossincrática, alcançando regiões fora do eixo Rio-São Paulo, trazendo para o bojo das discussões sobre educação de surdos os estados das diversas regiões do país.