Olhares sobre si: a busca pelo fortalecimento das identidades surdas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rosa, Emiliana Faria
Orientador(a): Bordas, Miguel Angel García
Banca de defesa: Bordas, Miguel Angel García, Sá, Nídia Regina Limeira de, Miranda, Theresinha Guimarães
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29793
Resumo: Ao redigir a presente dissertação, meu objetivo foi analisar a descoberta da identidade surda na estrutura da sociedade baiana de Salvador, sua negação e possibilidades fecundas de fortalecimento. Identidade que é negada, desprestigiada e que muitas vezes sequer é reconhecida. Busquei evidenciar a necessidade do empoderamento da comunidade surda, do sujeito surdo propriamente dito, da cultura surda, visando com isso o fortalecimento da identidade surda na comunidade de Salvador, o que muito pode contribuir para o empoderamento dos surdos em todo o estado. Evidentemente, a vivência da identidade pode ser múltipla diante da diversidade de situações da vida, tal como experimenta cada pessoa surda. Quis mostrar como este empoderamento passa pela necessidade de multiplicar saberes, práticas, conceitos e possibilidades. Mostrarei indícios das artimanhas sociais que ignoram, mascaram e desprestigiam a identidade da comunidade surda de Salvador. Procurei demonstrar como o sujeito surdo pode ser influenciado por jogos de poder sociais, chegando a negar sua cultura ou colocá-la num lugar onde possa tê-la por perto quando precisar. Jogos de poder, identidades negadas e uma necessidade de fortalecimento para enfrentar diversas causas, especialmente o direito de intervir na Educação dos demais surdos. Uma comunidade surda dividida entre abaixar a cabeça e aceitar o que a sociedade oferece, e assim, obter pequenas melhorias na qualidade de vida, ou erguer a cabeça, lutar pela valorização de sua cultura, mesmo sofrendo estigmatização e, num possível futuro, perceber que valeu a pena defender o que é próprio do surdo e de sua experiência social: o direito de ter uma identidade, uma cultura e fundamentalmente, o direito de ser Surdo.