Epidemiologia das concentrações séricas de vitamina D, determinantes sociais e genéticos em gestantes usuárias da Estratégia de Saúde da Família: efeitos em desfechos neonatais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Marcos Pereira
Orientador(a): Assis, Ana Marlucia de Oliveira
Banca de defesa: Pereira, Rosana Aquino Guimarães, Santos, Fran Demetrio Silva, Santos, Djanilson Barbosa dos, Lira, Pedro Israel Cabral de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28946
Resumo: O peso ao nascer e a duração da gestação são indicadores da saúde global, por ser reflexo de condicionantes de vida de uma população, além de consistirem em importantes desfechos gestacionais. A inadequação destes indicadores encontra-se associado com a morbimortalidade infantil e possui relação com determinantes sociais e biológicos maternos. Desta forma, o objetivo desta tese foi avaliar o efeito da concentração sérica de vitamina D, da assistência pré-natal, dos determinantes sociais e genéticos maternos em desfechos neonatais. Quatro artigos e uma comunicação científica compõe a tese. O primeiro estudo avaliou a prevalência e a distribuição espacial de deficiência e insuficiência de vitamina D na população do Brasil permitindo conhecer a distribuição da deficiência também em gestantes, por meio de uma revisão sistemática e metanálise de estudos observacionais, identificando a prevalência de 28.16% (IC 95%: 23.90 32.40) de deficiência de vitamina D na população brasileira e de 33.10 % (8.84, 57.76) em gestantes. O segundo artigo avaliou o efeito da concentração sérica de vitamina D, do acompanhamento pré-natal e dos determinantes sociais no peso ao nascer de uma coorte composta por 329 gestantes usando a técnica de path analysis. Os resultados desse artigo registram 21% de deficiência de vitamina D em gestantes e associa o aumento nas concentrações maternas de vitamina D com o aumento do peso ao nascer, assim como a realização do acompanhamento pré-natal. Além destes, a baixa classe socioeconômica e a escolaridade materna foram associados ao aumento de peso ao nascer. O terceiro artigo avaliou a associação entre os polimorfismos rs7975232 – Taq I e rs731236-Apa I do gene VDR e a concentração de vitamina D em gestantes e desfechos ao nascer usando a regressão linear múltipla. Os resultados desse artigo indicam que o perfil genético materno do TaqI se associou com as concentrações elevadas de vitamina D e protegeu contra a parto prematuro, enquanto o genótipo do ApaI diminuiu a duração adequada da gestação e o peso ao nascer. No quarto artigo, avalia-se o risco da deficiência da vitamina D em gestantes promover a ocorrência de obesidade na infância usando um estudo de revisão sistemática com estudos de coorte. Os resultados desse artigo indicam que a deficiência materna de vitamina D elevou o risco de obesidade infantil. Na quinta publicação, discute-se a suplementação de vitamina D na gestação e resultados adversos à saúde da criança. Em síntese, os resultados desta tese indicam que a vitamina D, o gene VDR materno e os determinantes sociais são preditores do crescimento intrauterino, exercendo efeito nos desfechos gestacionais. Além disso, a deficiência de vitamina D aumentou o risco de sobrepeso/obesidade na infância. E, indica que o pré-natal, é lócus para a prevenção de distúrbios nutricionais e promoção da saúde da mulher e da criança.