Múltiplos Falstaffs: releituras contemporâneas do personagem shakesperiano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Diandra Sousa lattes
Orientador(a): Ramos, Elizabeth Santos lattes
Banca de defesa: Ramos, Elizabeth Santos lattes, Holzhausen, Marlene lattes, Carneiro, Leonardo Bérenger Alves lattes, Amorim, Marcel Álvaro de lattes, Oliveira, Marinyze das Graças Prates de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35037
Resumo: Sir John Falstaff, famoso personagem shakespeariano, fez sua primeira aparição nos palcos elisabetanos com a encenação do drama histórico Henrique IV (1597-1598). No papel do incorrigível companheiro do príncipe Hal e, mais tarde, do cavaleiro golpista em As Alegres Comadres de Windsor (1597-1598). Falstaff conquistou o público com a sua admirável habilidade de entreter e fazer todos rirem. Mesmo após a morte de Shakespeare, o personagem continuou sendo relido e adaptado não apenas para o teatro, mas também para o cinema, a TV, óperas e outras produções literárias. Tais produções agregam um novo olhar sobre o material de partida, em um continuo processo de ressignificação. Diante disso, esta tese propõe a análise de três releituras de Falstaff em três romances contemporâneos (um deles escritos no século XX e os outros dois, no século XXI): Falstaff (1976), escrito por Robert Nye; Falstaff’s Big Gamble (2011), escrito por Hank Quense; e, finalmente, The Falstaff Vampire Files (2012), escrito por Lynne Murray. Conduziremos esta análise partindo também das duas partes de Henrique IV, por Henrique V (1599) e pela comédia As Alegres Comadres de Windsor. Discutiremos de que forma as obras selecionadas releem o personagem Sir John Falstaff, estabelecendo diferentes pontos de contato com o Falstaff shakespeariano, ao tempo que criam novas conexões com textos diversos. Em consonância com as reflexões de Robert Stam (2000) e Linda Hutcheon (2011), abordaremos as obras elencadas como adaptações que resultam da convergência de superfícies textuais diversas. Começaremos discutindo a construção do personagem Falstaff por William Shakespeare e então passaremos para as especificidades de cada um dos romances, mapeando e discutindo as intricadas e diversas relações dialógico-intertextuais que elas estabelecem não apenas com seus textos de partida, mas também com outros textos. A nossa análise será mediada por reflexões de outros autores e teóricos, a exemplo de James C. Bulman (2004), Irving Ribner (1972), Friedrich Nietzsche (2003), Mikhail Bakhtin (1987;2002;2008), François Laroque (1998), Graham Holderness (1992), Linda Hutcheon (1988), Jacques Derrida (2006), entre outros.