O Memorial A Casa do Rio Vermelho: a atuação de Zélia Gattai na base do museu-casa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Milena de Jesus
Orientador(a): Cerávolo, Suely Moraes
Banca de defesa: Britto, Clóvis Carvalho, Silva, Sabrina Damasceno, Sá, Alzira Queiroz Gondim Tude de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Museologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32103
Resumo: A presente dissertação aborda o universo do museu-casa de escritores brasileiros a partir da análise dos processos instituídos pela escritora Zélia Gattai (1916 – 2008), paulista de nascimento e radicada em Salvador, Bahia, cuja arte de narrar por meio da fotografia e da literatura apresenta características enquadradas na escrita de si. Considerando aspectos da trajetória da escritora e a experiência pessoal que desenvolvi nos bastidores para a inauguração da exposição da Casa da Rua Alagoinhas, 33, esta pesquisa procura desvendar as tramas que originaram a abertura do Memorial A Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, em Salvador, no Estado da Bahia. Para tanto, mobiliza referências fundamentadas na Museologia, no intuito de compreender a musealização da residência que se tornou museu-casa e sua relação com fins comerciais no que tange ao turismo cultural da cidade do Salvador. Quanto às ações empreendidas por Zélia Gattai, o presente trabalho tece laços com autoras que se dedicam às questões de gênero e memória feminina, às subjetividades presentes na escrita de si e nos arquivos pessoais, com o objetivo de dar visibilidade às suas práticas anarquivadas em relação à residência do Rio Vermelho. Empreendeu-se, para tanto, a aproximação com particularidades da curadoria e cenografia expositiva propostas para a instituição memorialística, no intuito de realçar a transformação da Casa do Rio Vermelho em memorial, fruto do planejamento de Zélia Gattai. Conclui-se que se a musealização expositiva foi possível graças aos processos narrativos instituídos pela própria escritora ao longo de cinco décadas, a mesma museografia acaba por silenciar sua presença no resultado implantado na Casa.