Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moreira dos Santos, Frederik |
Orientador(a): |
El-Hani, Charbel Niño |
Banca de defesa: |
Silva Filho, Waldomiro José da,
Souza, José Crisóstomo de,
Assis, Kleyson Rosário,
Almeida, Rosiléia Oliveira de,
El-Hani, Charbel Niño |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30974
|
Resumo: |
Esta tese parte de determinadas reflexões filosóficas no campo da teoria do conhecimento que incorrem em questões ético-políticas. Nosso recorte é delineado pelas discussões que têm sido travadas no campo da pesquisa em educação científica sobre as inter-relações entre crença, conhecimento, compreensão e criticidade. Assim, a partir deste recorte temático geral lançamos a seguinte tese central que guiará todo nosso trabalho: os alunos de ciências, religiosos ou não, podem entender um conteúdo sem ter que acreditar nele como verdadeiro, ou totalmente verdadeiro (por entrar em conflito com crenças prévias), e que a mudança de crença não é uma condição necessária para atender o objetivo do ensino de ciências. Um dos nossos principais objetivos é advertir para o risco de se cair em dois extremos: o relativismo epistêmico de uma ponta, que descaracteriza as ciências e as filiações doutrinárias de várias teologias, dissolvendo a autonomia de cada disciplina, e um posicionamento absolutista e totalitário em outro extremo, que pulveriza qualquer possibilidade de diálogo, cooperação e propagação de valores sociais que promovam a democracia. No entanto, ao nos depararmos com o conceito clássico de conhecimento como crença justificável e verdadeira, encontramos asserções provenientes de campos disciplinares diferentes que podem ser irreconciliáveis. Se colocarmos a aceitação das proposições científicas como um dos objetivos necessários ao ensino de ciências, então veremos que vários problemas emergem. A resposta que iremos propor é através da articulação dos termos entendimento, crença e conhecimento, em seus devidos contextos de uso no processo de investigação até que os problemas iniciais sejam solucionados. Tudo isso ganhará maior sentido ao mergulharmos na compreensão do naturalismo e da teoria do conhecimento de John Dewey (1859-1952). Desse modo, poderemos analisar, a partir desta perspectiva filosófica pragmatista, como se dá o mecanismo de construção e fixação de crenças (e conhecimento) no decorrer da experiência humana. Concluiremos chamando a atenção dos gestores educacionais para a necessidade em se investir na qualidade da formação do professor nas universidades e nos centros de formação continuada, e se fomentar a criação de projetos pedagógicos interdisciplinares que envolvam a disciplina de filosofia, de ciências e de história, associados aos valores humanistas discutidos nesta tese, tais como abertura ao diálogo e a cooperação. |