SINTOMAS EMOCIONAIS NEGATIVOS ENTRE DISCENTES E DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vasconcellos, Daniele Rocha Fróes lattes
Orientador(a): Martins, Poliana Cardoso
Banca de defesa: Martins, Poliana Cardoso, Medeiros, Danielle Souto de, Barroso, Rosemary da Rocha Fonseca
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC - IMS) 
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva - ISC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39300
Resumo: O ensino remoto emergencial, durante a pandemia de COVID-19, representou um desafio para estudantes e professores que tiveram que se adaptar de forma abrupta às tecnologias digitais, em meio a um cenário de crise sanitária sem precedentes que também provocou uma série de problemas de saúde mental na população. No caso dos docentes e discentes universitários, o surgimento ou agravamento de depressão, ansiedade e estresse durante a pandemia foi observado em diversos estudos internacionais. O objetivo deste trabalho foi analisar os fatores associados aos sintomas emocionais negativos (depressão, ansiedade e estresse) durante a pandemia de covid-19 entre discentes e docentes de instituições de ensino superior públicas e particulares do Brasil. Trata-se de estudo transversal incluindo docentes e discentes de graduação de Instituições de Ensino Superior públicas e particulares das cinco regiões do país, que é um recorte da Coorte Comportamento Alimentar e Saúde - COCASA. A amostra estudada foi de 5.199 entrevistados, sendo 3.213 discentes e 1.906 docentes que responderam ao instrumento de coleta de dados através da plataforma Survey Monkey durante os meses de julho e agosto de 2020. Para esta dissertação, utilizamos as informações da escala DASS-21 (Depression Anxiety Stress Scale) e de características socioeconômicas, demográficas e do estilo de vida. Os dados foram submetidos à análise utilizando o software SPSS versão 21. A comparação entre as variáveis categóricas foi feita por teste de Qui-quadrado, e para as comparações de médias foi realizado o teste t de Student. Foi calculada a prevalência e cada participante foi agrupado de acordo com a sua gravidade. Foi considerado o ponto de corte de 90% para a sintomatologia grave, sendo o valor do somatório de 30 para docentes e 46 para discentes no DASS-21. Após esse cálculo, foi realizada Regressão de Poisson para analisar a razão de prevalência. Como principais resultados obteve-se que discentes do sexo feminino, de baixa renda e que tiveram a renda familiar reduzida, apresentaram a maior prevalência de sintomas emocionais negativos, o que corrobora com a literatura existente. No caso do grupo dos docentes, apenas idade e renda se mantiveram associada no modelo final e maior prevalência foi observada naqueles participantes mais jovens e os que tinham a renda compreendida entre R$ 3.000,00 a R$ 10.000,00. Este estudo demonstrou a importância da ressignificação da dinâmica do ensino superior em vista as pressões e cobranças sobre os discentes e docentes e suas repercussões em sua saúde mental, destacando a maior vulnerabilidade entre as discentes do sexo feminino, mais jovens e de menor renda.