Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jorge Emanuel Luz de
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Sampaio, Gabriela dos Reis
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Sampaio, Gabriela dos Reis
,
Agostini, Camilla
,
Reginaldo, Lucilene
,
Farias, Juliana Barreto
,
Almeida, Marcos Abreu Leitão de
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)
|
Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37201
|
Resumo: |
O trabalho percorre diferentes espaços conectados pelo Atlântico onde se desenvolveu uma cultura da Cannabis para compreender os motivos que levaram à sua proibição pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro em 1830, ponto de partida de uma crescente condenação social da planta e seus usos no Brasil. Cidade em acelerada expansão urbana e demográfica, o Rio de Janeiro possuía grande população negra, cuja maioria cativa era africana banto proveniente das regiões centro-ocidental e oriental. Muitos povos dessas duas regiões do continente africano, bem como os europeus, se relacionavam há séculos, e de múltiplas formas, com as plantas Cannabis indica e Cannabis sativa. Havia um consumo cotidiano da Cannabis como droga psicoativa entre os escravizados das maiores nações africanas da Corte, conhecida como pito do pango ou apenas pango. A tese central desta pesquisa é a de que a proibição municipal de 1830 teve como alvo esse uso, especificamente, devido ao receio dos seus efeitos psicoativos sobre os africanos, em um contexto de recrudescimento do controle sobre as populações negras na cidade. Além disso, demonstra-se que esse processo estava profundamente conectado ao ideário proibicionista que vinha sendo construído através do contato entre os europeus e as culturas da Cannabis de africanos e asiáticos a partir do século XVI. |