Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Patricia Giselle de Araújo e Silva
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Orientador(a): |
Fernandes, Rita de Cássia Pereira
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Banca de defesa: |
Fernandes, Rita de Cássia Pereira
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Santos, Kionna Oliveira Bernardes
,
Souza, Norma Suely Souto
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37178
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Resumo: |
Os Distúrbios Musculoesqueléticos (DME) causam sofrimento físico e psíquico no trabalhador devido ao conjunto de sintomas que podem acometer um ou mais segmentos corporais, por isso as intervenções podem ser uma estratégia para evitar esses efeitos. As intervenções para prevenção de DME relacionados ao trabalho podem ser realizadas no ambiente laboral de diferentes formas: sobre o ambiente físico do trabalho com ajustes ou adaptações da estrutura física do trabalho; sobre o indivíduo por meio de atividades corporais como exercícios físicos ou intervenções com foco nos aspectos comportamentais baseados nas necessidades do trabalhador; sobre os aspectos organizacionais do trabalho que compreendem o ritmo de trabalho e a organização das tarefas, por exemplo. Trata-se, portanto, de uma revisão sistemática (RS) da literatura que teve como objetivo analisar os efeitos dos estudos de intervenção no ambiente laboral para prevenção de DME; os objetivos específicos foram: descrever as principais intervenções preventivas de DME aplicadas às categorias ocupacionais; identificar e descrever os resultados das intervenções e as populações abordadas; classificar os estudos quanto aos critérios de qualidade metodológica. Foram consultadas as bases de dados: Pubmed, Lilacs, PEDro e Web of Science, no período de 2015 a 2020 (publicações até 31 de outubro de 2020). Foram elegíveis os artigos cujos desenhos dos estudos eram ensaios randomizados e ensaios comunitários publicados nos idiomas inglês, português e espanhol que objetivaram a prevenção de DME por meio de intervenções no trabalho, desde que não fosse na perspectiva da assistência clínica. A estratégia de busca foi elaborada atendendo às especificidades de cada base e a pesquisa resultou em 1.354 arquivos recuperados. Os arquivos foram armazenados no software Mendeley Desktop, no qual foram retiradas as duplicatas e arquivos com metadados inválidos. Conforme os critérios de elegibilidade, a seleção resultou em 58 estudos publicados que foram organizados em planilhas e cujos dados foram extraídos para análise e síntese das evidências. Desses estudos, 38 eram ensaios clínicos randomizados e 20 ensaios comunitários; 31 abordaram intervenções sobre o indivíduo, 04 sobre o ambiente físico do trabalho, 03 estudos realizaram intervenções sobre aspectos da organização do trabalho; 20 estudos investigaram intervenções multidimensionais, ou seja, abordagens em mais de uma esfera no mesmo programa de intervenção. A maior parte dos estudos (28 estudos) foi publicada nos países europeus, em particular, nos países nórdicos e escandinavos em populações diversificadas. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada conforme a ferramenta Critical Appraisal Skills Programme (CASP) e apenas 15 estudos atenderam satisfatoriamente aos seus quesitos e, portanto, seus resultados foram explorados e utilizados para discussão. Os estudos apresentaram heterogeneidade quanto às características e métodos de análise o que inviabilizou a construção de uma metanálise. Os estudos apresentaram resultados positivos com melhora da dor musculoesquelética, diminuição do absenteísmo relacionado ao DME, entretanto, não se pode afirmar com base em fortes evidências acerca da modalidade mais eficaz para prevenir DME em trabalhadores. |