Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Couto, Eliseu Pereira
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Orientador(a): |
Abib, Pedro Rodolpho Jungeres
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Banca de defesa: |
Carvalho, José Jorge de,
Macedo, Roberto Sidnei Alves,
Sodré, Maria Dorath Bento,
Silva, Andréa Betânia da,
Abib, Pedro Rodolpho Jungers |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE)
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34953
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Resumo: |
Este estudo trata do movimento cultural e dos processos educacionais de aprendizagem não formal que envolve o universo da Cantoria e suas relações com a educação escolar no município de São Gabriel-Bahia. Essa Cantoria é uma festa que foi idealizada nos anos 1980, sendo realizada sua primeira edição em 1991. A instituição que faz a festa da Cantoria é a Fundação Culturarte, uma organização sem fins lucrativos e com trabalhos voluntários. Seus projetos são desenvolvidos através da captação de recursos por editais culturais, eventos calendarizados e patrocínios. Nesse texto, Fundação e Cantoria se misturam, pois é a Cantoria que dá origem à Fundação Culturarte. A festa da Cantoria nasce antes da constituição da Fundação, a partir das ideias e ideais de alguns jovens da cidade de São Gabriel que procuravam algum movimento cultural de raiz para se divertirem. Eles então se juntam e formam o MAC (Movimento de Arte e Cultura) que sofre perseguições da sociedade na época. Alguns deixam de atuar no MAC e outros se juntam ao movimento social e político da Igreja Católica, sendo apoiados por um padre. Daí surge o JUPP (Jovens Unidos a Procura da Paz). Esses jovens começam a trabalhar o teatro, conscientização política das pessoas e algumas obras sociais. A junção ou experiência desses dois grupos vai dar origem ao Grupo CulturArte que realiza a primeira Cantoria, sendo depois constituída a Fundação Culturarte de São Gabriel. O nosso foco dentro do estudo foi tratar do processo de formação cultural relacionado com o educacional, defendendo a ideia de que o movimento da Cantoria de São Gabriel promove práticas educacionais entre a educação formal escolar e a não formal. Portanto tratamos a Cantoria como um evento híbrido que congrega várias manifestações da música, da poesia e das culturas populares, em um processo de educação plural. Chamamos então para o nosso diálogo textual as experiências de Gohn (2003, 2004, 2010 e 2011) que trata dos movimentos sociais e os processos de educação não formal a partir deles; Brandão (1981, 1997, 2002a, 2002b) com seus estudos sobre culturas e a ampliação do conceito de educação para educações, ideias que compartilhamos desde o título dessa pesquisa. Amalgamamos e dialogamos esses autores com a ideia de hibridismo cultural a partir de Canclini (2000 e 2003) e a constante “movência” das culturas populares, trazendo o conceito de hibridismo para explicarmos a relação híbrida entre os processos educacionais da Cantoria de São Gabriel e a educação escolar. Os saberes que estão no universo da Cantoria como os grupos de reisado, a roda de São Gonçalo, a arte do circo, a roda de capoeira e com eles todo um cancioneiro popular com produções musicais e literárias locais são saberes que movem um processo pedagógico, promovendo educações. A Cantoria de São Gabriel é um evento inovador que avizinha diversos saberes dos grupos das culturas populares, hibridando-os com os saberes escolares, ambos contribuindo para outras aprendizagens. Finalmente o que nos move é a certeza da contribuição do trabalho para um alargamento dos estudos e pesquisas nos campos imbricados da Educação com a música e as culturas populares. |