Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Bernardo Thiago Paiva |
Orientador(a): |
Lühning, Angela Elisabeth |
Banca de defesa: |
Costa, Tony,
Alves, Arivaldo,
Pereira, Claudio,
Rosas, Laila |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Música da Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Música
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29497
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Resumo: |
Neste estudo, investigo o processo de modernização do Carimbó no estado do Pará, destacando o papel desempenhado pelas instituições públicas criadas no contexto de intensas transformações modernizantes na região amazônica a partir da década de 50. Estabelecendo uma retrospectiva histórica, defendo que a trajetória do ritmo, desde seus primeiros registros historiográficos no final do século XIX, foi marcada pela discriminação, estigmatização e proibições. Entendo os momentos de mobilização da cultura popular, através da experiência de trauma gerada pelo caráter disruptivo da modernização capitalista. Analisando dados recolhidos em entrevistas, jornais e em pesquisa bibliográfica, revelo a inclinação de várias instituições públicas na promoção do Carimbó a partir da década de 50. A criação da Comissão Paraense de Folclore 1950 e do Conselho Estadual de Cultura, CEC, em 1968, são marcos fundamentais no ordenamento e mobilização dos agentes da cultura popular. Neste sentido, destaco a atuação dos intelectuais regionais, mormente os folcloristas paraenses. Além disto, mostro que, em sintonia com esta tendência institucional, as prefeituras locais,criando festivais de Carimbó, a escola pública, fundando grupos de Carimbó entre os alunos e o departamento de turismo, promovendo eventos (DETUR e PARATUR) foram instrumentos importantes na legitimação do Carimbó no início da década de 70. Em conclusão, considero que a mobilização modernizante do Carimbó levada a cabo pelos intelectuais regionais por meio das instituições públicas, tornou-se uma estratégia crescente dentro do período de modernização autoritária durante a ditadura civil-militar no Brasil. Atualmente, está em trâmite a proposta de Registro do Carimbó como Patrimônio Cultural do Brasil. Este reconhecimento oficial do Carimbó entende-se como continuidade da expansão modernizante que analisamos neste trabalho. |